Com estimativas de que 92 imóveis sofreram prejuízos e 150 famílias receberão indenizações com a ruptura da adutora da Casan no bairro Monte Cristo em Florianópolis, o presidente da Casan, Edson Moritz Martins da Silva que permaneceu no local desde as duas horas da manhã prestando assistência aos moradores, pediu desculpas a toda comunidade e “agora, nossa primeira questão é o cuidado e a saúde de vocês, e estamos mobilizados desde a primeira hora para fornecer rapidamente alimentos e abrigo. Enquanto todos não estiverem com o mínimo de conforto, não vamos sair daqui com a equipe”, reforçou.Moritz também confirmou que uma vistoria já foi feita na estrutura do reservatório R4 e que não há risco de novo colapso no local. A instalação, no entanto, deve ser demolida. Edson Moritz pretende antecipar uma ajuda financeira aos desabrigados nos próximos dias.
A Casan montou um ponto de atendimento no local com duas tendas e está fornecendo roupas, sapatos, produtos de higiene e aproximadamente 250 refeições na Paróquia do Sapé. Cerca de 40 engenheiros da companhia também estão em campo para avaliar bens perdidos e imóveis, e em paralelo é feito o cadastro dos moradores para avaliação dos imóveis e para acesso a abrigos. Até o momento, 32 famílias já foram dirigidas para hotéis. Moritz pretende antecipar uma ajuda financeira aos desabrigados nos próximos dias.
A empresa trabalha de maneira ininterrupta desde a madrugada desta quarta-feira, 6, em auxílio às famílias que foram afetadas pelo rompimento do reservatório R4, no bairro Monte Cristo, em Florianópolis. Por determinação do governador Jorginho Mello, a prioridade é garantir todo o suporte às pessoas, ao passo que a Companhia realize laudos técnicos rigorosos para apontar as causas do incidente e uma vistoria geral em reservatórios de água pelo estado.
“GOVERNO SEM DESCANSO”
O governador Jorginho Mello esteve no local do incidente na manhã desta quarta-feira, 6, acompanhando o trabalho das equipes do Estado. “Entrei nas casas, conversei e ouvi as famílias. Levei o meu abraço de solidariedade e garanti a elas que o Governo do Estado não vai descansar até que tudo seja recuperado e o mais rápido possível”, frisa o governador. Jorginho também afirmou que uma apuração técnica minuciosa será feita para, em sendo o caso, fazer a devida responsabilização.
De acordo com o governador, o reservatório tem cinco anos de garantia e apenas 17 meses de uso. “Houve uma falha grave que gerou essa catástrofe e nós vamos fazer uma apuração técnica para achar os responsáveis”, reforça.
AÇÕES COLETIVAS
A ação é feita pela Companhia em conjunto com lideranças comunitárias, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Secretaria Municipal de Segurança Pública e Guarda Municipal. Foi estabelecido um posto de comando na sede do 22° Batalhão de Polícia Militar (BPM), próximo à estrutura rompida, e todo o atendimento está concentrado no próprio local.
O diretor-presidente da CASAN, Edson Moritz, lamentou a tragédia e garantiu que será feita uma vistoria geral em unidades de preservação de água pelo estado para garantir a segurança do sistema hídrico e evitar futuros rompimentos. Todos os 475 reservatórios do material em Santa Catarina passarão por avaliações locais, acionando também as empresas contratadas pela CASAN para a construção.
Também estiveram no local do incidente a secretária de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Maria Helena Zimmermann, e o prefeito interino de Florianópolis João Cobalchini.
“É nossa obrigação dar esse acolhimento. O estado está comprometido, a equipe da secretaria está ajudando com o cadastro para poder depois verificar onde elas vão dormir e o período em que elas vão ficar em abrigo. Vamos fazer o melhor que o estado pode”, explicou Zimmermann.