Com custo médio de R$ 20 mil, a implantação de uma prótese dentária é uma condição impossível ou concreta para pessoas que vivem, por exemplo, com rendimentos que nem chegam a cobrir as necessidades básicas de manutenção de uma família. Dentro desse perfil se enquadram numerosos grupos de pessoas classificadas como carentes ou vulneráveis.
Diante desse quadro, como fator até de saúde pública, a prefeitura de São José, no ano passado, implantou um novo sistema de atendimento e procedimento odontológico, o “Sorria São José”, serviço que atende pacientes com necessidade de próteses dentárias totais. O prefeito Orvino Coelho de Ávila ressalta a importância do programa, que resgata e atende uma demanda antiga do Município e nos “deixa muito felizes em beneficiar tantas pessoas, com essa aquisição e todos que realmente precisam dessa assistência em próteses totais, receberão o benefício”.
Esse novo laboratório integra o “Brasil Sorridente”, parceria da prefeitura com o governo federal. Durante esse período, desde agosto de 2022, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, atendeu 1,3 mil pacientes e, desses, 300 receberam as próteses. Os Laboratórios de Próteses Dentárias (LPD) estão localizados na Policlínica de Campinas e na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Serraria.
QUESTÃO DE SAÚDE
Um dos pacientes, com “sorriso novo”, José Ribamar Ferreira da Silva, de 68 anos, natural do norte do Brasil e morador de São José há aproximadamente 10 meses, faz uso da mesma prótese dentária (inferior e superior) há quase três décadas, sendo que o tempo recomendado é de até três anos. Sem condições financeiras de pagar uma nova prótese, José Ribamar ingressou no programa, fez os tratamentos e lembra que o processo foi bem rápido, em questão de um mês já recebi a nova prótese”, conta.
As próteses são fundamentais para devolver as funções mastigatórias, melhorar a digestão dos alimentos, a estética e até a dicção. “Esse é um serviço de extrema importância para a nossa rede, pois o acesso às próteses eleva a qualidade de vida e a autoestima dos pacientes que, por algum motivo, perderam seus dentes; além de serem importantes na prevenção de outros agravos de saúde relacionados às infecções orais.”, observou a secretária de Saúde, Sinara Simioni.
Três anos é o tempo ideal para a pessoa refazer a prótese. “O paciente precisa fazer a troca quando ela está muito instável, fraturada por algum motivo ou com os dentes muito desgastados. Sendo assim, a recomendação é que seja agendado um retorno anual ao dentista, para verificar a necessidade ou não de readaptação da prótese”, explicou Cláudia Helena Tonon, cirurgiã dentista, especialista em Prótese Dentária, que faz o atendimento clínico no LPD.
A Diretoria de Atenção Primária da Prefeitura de São José, juntamente com a Área Estratégica de Saúde Bucal, pretende ampliar esse serviço para a oferta também de próteses parciais, visto que grande parte da população possui ausência de alguns dentes, não sendo completamente edêntulos (ausência de todos os dentes em uma ou ambas as arcadas).