SEMANA DA ENFERMAGEM EM SÃO JOSÉ: MÉDICOS ALERTAM SOBRE DOENÇA INFLAMATÓRIA HEREDITÁRIA

No dia em que se comemora o Maio Roxo – Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, profissionais da saúde e população trocaram experiências sobre a importância da alimentação nos primeiros anos de dia. Doenças Inflamatórias Intestinais foi o tema de palestra na manhã de hoje na Prefeitura de São José, integrando a programação do quinto dia da 6ª Semana de Enfermagem.

A médica gastroenterologista pediátrica, Renata Gonçalves Rocha, abordou a importância do monitoramento e da correta alimentação de crianças nos primeiros anos de vida. “Os primeiros mil dias, compreendido do início da gestação e até os 2 anos de idade, são de extrema importância. O que é óbvio precisa ser dito: criança não pode comer comida industrializada, a alimentação tem que vir da terra”, pontuou.

Renata chamou atenção, ainda, aos sinais de sintomas como dores abdominais e sangramento nas fezes. “Apesar dos casos mais recorrentes começarem a aparecer em jovens de quinze anos ou mais, é preciso também monitorar as crianças com idade abaixo de 5 anos, pois neste período os casos são mais graves”, reforçou.

DOENÇA HERIDITÁRIA

Dados apresentados durante a palestra indicam que 30% dos pacientes com doença inflamatória intestinal têm parentes com o mesmo problema. O médico gastroenterologista, Arthur Mota, destacou a importância do diagnóstico precoce da doença e também alertou os profissionais da saúde para o autocuidado. “Vocês que trabalham nesta área precisam também se cuidar para cuidarem dos pacientes”, frisou.

O médico observou também que, apesar da doença inflamatória intestinal não ter cura no momento, ela tem controle. “É importante que o tratamento seja contínuo e acompanhado por um especialista. Além disso, a pessoa com a doença precisa compreender o processo de tratamento e respeitá-lo”, finalizou.

CANAL

Ao longo das apresentações dos convidados, dúvidas foram esclarecidas e relatos, compartilhados. Gisele Kirchner Alves é farmacêutica e é funcionária da Prefeitura de São José e trouxe informações relacionadas aos medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da doença. “Os relatórios médicos e de consultas devem ser bem escritos, pois eles possibilitam uma orientação melhor e um encaminhamento ágil”, afirmou

Além disso, a profissional informou que a Assistência Farmacêutica do município possui agora um canal direto de comunicação com as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de Pronto Atendimento (UPA) e também nas policlínicas de São José.

Após a palestra, as nutricionistas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Kenia da Silva da Rosa e Yasmin El Kadri Monteiro Pessoa esclareceram questões relacionadas à conduta pós diagnóstico de doença inflamatória intestinal.

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