Devido a presença de uma bactéria que pode provocar nas pessoas doenças infecciosas muito graves, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, decidiu proibir o cultivo de ostras e mexilhões nas localidades de Barra do Aririú, em Palhoça e da Ponta de Baixo, em São José.
Com a decisão, está proibido retirar e comercializar ostras, mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.
A medida foi necessária após exames laboratoriais detectarem a concentração de coliformes fecais acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos nessas duas localidades. Esse fenômeno é decorrente da combinação de chuvas e do maior número de pessoas visitando o Litoral catarinense.
É importante ressaltar, segundo a secretaria, que essa é uma situação pontual, restrita às localidades de Barra do Aririú e Ponta de Baixo, e que não se aplica a outras 37 localidades produtivas. Nos locais interditados existem cerca de 15 maricultores de um total de 500 em todo o estado.
A Cidasc segue com as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição das áreas afetadas. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos, com 39 áreas de produção distribuídas em 11 municípios do Litoral. O setor gera mais de 1.900 empregos diretos e a produção gira em torno de 13 mil toneladas de mexilhões, ostras e vieiras.