Quatro adolescentes apreendidos no dia de hoje, além de dois adultos presos e cumpridos sete mandados de busca e apreensão, como consequências das operações coordenadas pela Polícia Civil de Santa Catarina depois da tragédia ocorrida no início do mês na creche em Blumenau. As diligências, denominadas “Operação Deic, Presente!, se concentraram nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Brusque, Blumenau, Capinzal e Campo Erê, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em conjunto com a Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher (DPDM) e a Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância (DRRDI), as duas também da Deic.
O delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, disse que desde o dia 5 de abril, quando ocorreu o ataque à creche em Blumenau, foram investigadas 98 ameaças envolvendo apologia ao crime, ameaças de atentado contra escolas sempre de forma preventiva. “Isso não é inédito. A Polícia Civil de Santa Catarina está sempre atuante e já realizamos cinco operações por diversas delegacias do estado”. Ulisses Gabriel reforçou ainda que o governador Jorginho Mello já autorizou a estruturação de um Cyberlab para aprimorar ainda mais o monitoramento da web. “Atuando preventivamente estamos garantindo a segurança e toda a sociedade.”
O diretor da Deic, delegado Daniel Régis, reforçou que a Diretoria cumpre seu papel de atuar na prevenção e na repressão à criminalidade. “A Deic não vai abrir mão de manter o seu trabalho de qualificação, investigando e responsabilizando aqueles que tentam promover a insegurança na sociedade”, afirmou Daniel Régis.
O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), delegado Luis Felipe Rosado, ressaltou que as operações vão continuar, mesmo que não tenham mais ameaças. “Santa Catarina é um estado seguro e vamos ressignificar o dia 20 de abril como o dia da segurança nas escolas. A Polícia Civil não vai admitir a disseminação do medo e do terror. Não haverá mais margem para este tipo de conduta. Queremos os alunos atentos às aulas e não preocupados com falsas ameaças” concluiu.
A delegada Inara Drapalski, da Delegacia de Proteção aos Direitos da Mulher, reforçou que a Polícia Civil trabalha para levar tranquilidade para a comunidade escolar e sociedade em geral.
O diretor de Inteligência da Polícia Civil (DIPC), delegado Gustavo Madeira, fez um balanço das ações da Polícia Civil. Desde o dia 5 de abril foram investigados 98 casos no estado, 38 pessoas conduzidas para a delegacia, 28 adolescentes apreendidos e 18 presos. Não houve nenhuma tentativa de ataque.
“DEIC PRESENTE”
O nome da operação faz alusão à chamada realizada pelos professores em sala de aula. A operação tem por escopo manter a vigilância contínua na segurança dos estudantes, bem como identificar e responsabilizar adolescentes e maiores de idade que, por meio de perfis em redes sociais, disseminam informações falsas sobre atentados e ataques em escolas de Santa Catarina.
A operação contou com apoio de demais delegacias da Deic, além das DPCAMI’s de Blumenau e Brusque, DICs de São Lourenço do Oeste e de Joaçaba, e as delegacias de Capinzal e de Campo Erê. A Polícia Civil reforça o seu compromisso de manter a sociedade Catarinense segura e afirma que continuará aplicando repressão exemplar contra ameaças de ataques em escolas.