Para zerar neste ano, as filas de espera por cirurgias eletivas, o governo do Estado, pela rede hospitalar pública e outras casas de saúde conveniadas, vem avançando no número de procedimentos cirúrgicos, considerados fora do ciclo emergencial: desde janeiro, a marca registrada alcançou 84.623 procedimentos até junho. O estado vem desde o início do ano numa curva ascendente, em janeiro foram 8.883 cirurgias eletivas e no último mês de junho alcançou 17.509 intervenções, quase o dobro em relação ao primeiro mês do ano.
Para intensificar o fluxo de produção das cirurgias eletivas em todas as regiões, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem percorrido hospitais contratualizados e no fim de agosto foi possível pactuar 25 mil cirurgias eletivas ao mês. “Nossa meta é que no final do ano só estarão na fila de espera de cirurgias eletivas pessoas que entraram em 2022”, explica o secretário adjunto Alexandre Fagundes. A ideia é zerar cerca de 60 mil procedimentos represados entre 2017 e 2021, ainda neste ano.
Os dados levantados pela Secretaria da Saúde são preliminares e podem sofrer incrementos, isso ocorre em razão das unidades hospitalares terem até três meses para registrarem os procedimentos no sistema. “Os números demonstram que há um esforço conjunto para que esses pacientes realizem suas cirurgias. Estamos vendo uma crescente nos dados que reforçam a capacidade de produção cirúrgica dos hospitais em Santa Catarina”, complementa Fagundes.
As cirurgias eletivas são aquelas que não são consideradas de urgência e podem ser agendadas para datas mais propícias, de acordo com o mapa cirúrgico de cada unidade hospitalar. É por isso que, por conta da gravidade da emergência em saúde com a pandemia do coronavírus, a maioria destes procedimentos ficou represada para priorizar os pacientes que demandaram leitos de UTI para o tratamento da Covid-19.