Concebido pelo projeto “Reconstruindo Vidas”, 31 detentos, sob o regime semi-aberto do sistema prisional de Santa Catarina, integram uma equipe de trabalhadores que executam serviços laborais em Florianópolis. Hoje pela manhã, no Parque de Coqueiros, a prefeitura municipal e a secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa oficializaram a parceria como instrumento de ressocialização dos apenados.
O prefeito Topazio Neto lembrou que “essa parceria é muito importante para reinserção no mercado de trabalho de apenados que estão em fase final de cumprimento de pena. Além do benefício de dar dignidade e aprender nova profissão, três dias trabalhados reduzem em um dia de pena”, disse.
O secretário Estadual de Administração Prisional, Carlos Alves observou que o projeto Reconstruindo Vidas vem ao encontro do que o governador Jorginho Mello pretende com o Trabalho pela Liberdade, programa de governo que vem dando muito certo e está em ampliação. “Santa Catarina está em primeiro lugar no ranking em relação a trabalho para presos. Temos 34% de detentos trabalhando hoje, com possibilidade de aumento em breve para 45%”, anunciou.
A secretária- adjunta da SAP, Joana Mahfuz Vicini, destacou a importância do projeto desenvolvido na Capital. “Esse tipo de ação reflete diretamente na segurança dentro das unidades prisionais e prepara as pessoas para o retorno à sociedade, com salário e dignificação”, afirmou ela.
AS EQUIPES
Dez reeducandos da Penitenciária de Florianópolis atuam na limpeza dos cemitérios municipais desde metade de dezembro. Agora em janeiro, foram formadas duas equipes para atuação em limpeza viária. Onze passarão a trabalhar na roçagem das marginais da Via Expressa Sul e 10 na limpeza da Avenida Beira-mar Norte, no trecho compreendido entre o elevado do CIC e o binário do Pantanal.
De acordo com o secretário municipal de Limpeza e Manutenção Urbana e presidente da Comcap, João da Luz, a força de trabalho dos reeducandos será muito útil para roçagem e capinação da cidade. No verão, com o calor e a umidade, o mato cresce até seis vezes mais, exigindo repasses frequentes nos canteiros de grandes vias. Também aumentam os vetores de doenças e as demandas de praias.
“Com essa ajuda, podemos realocar os empregados efetivos e temporários para outros lugares, melhorando nossa presença na cidade, inclusive nos bairros do Continente. Os reeducandos têm muita boa vontade e a qualidade do trabalho é excelente”, garantiu o secretário.