O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, por ordem judicial, está em prisão temporária na carceragem da Polícia Federal em Florianópolis e afastado do cargo de reitor e professor da instituição. Além de Cancellier, outras cinco pessoas, entre servidores da UFSC e dois responsáveis por empresas que atuavam no programa de bolsas de ensino a distância, também foram presas.
Mais cinco funcionários da universidade foram levados coercitivamente para depoimentos na polícia federal. O inquérito em curso tem como base o ano de 2007 quando a UFSC recebeu 81 milhões de reais para aplicação no programa de auxílios financeiros para professores do programa Ensino a Distância.
Mas, nos últimos dois anos, a Controladoria Geral da União – CGU, passou a questionar a UFSC sobre processos que abriam vantagens indevidas aos beneficiários do projeto, cerca de 21 milhões de reais, como superfaturamento em aluguéis de carros com preço de mercado mil reais mas com notas de serviços de até seis mil, diárias que extrapolavam valores e direitos, benefícios irregulares a pessoas sem qualificação de graduação, parentes de gestores do programa e até um motorista da UFSC ganhou a bolsa de ensino superior.