No mesmo dia em que caminhoneiros, em protestos contra os seguidos aumentos dos combustíveis, fecharam 16 trechos de rodovias federais em Santa Catarina, a Petrobrás, no final da tarde de hoje, anunciou o décimo primeiro aumento no preço da gasolina e do diesel nas refinarias, tudo isso num espaço de duas semanas.
Esse novo aumento, de zero virgula 9 por cento na gasolina e zero vírgula 97 no diesel vale a partir de hoje. E, claro, como consequência, os postos de abastecimento vão aumentar, de novo, os preços. Ontem, para se ter idéia, do custo dos combustíveis, na maioria dos postos da Grande Florianópolis, o litro do diesel estava em 3 e 96 centavos, do álcool 3 reais e 79 centavos e a gasolina 4 reais e 18 centavos.
Agora, o repasse no preço dos combustíveis para o consumidor nunca retrata o aumento real do que a Petrobrás cobra e que as refinarias repassam aos postos de abastecimento. É que, os donos de postos alegam que além do aumento original há o custo de manutenção de empregados e outros serviços. Esses outros serviços estão ligados a um comércio paralelo, que antigamente não existia, que são lojas de conveniência com padaria, lanchonete, mini mercado. Se os postos vendessem apenas combustíveis os preços nas bombas não seriam tão absurdos.
POLITICAGEM
Em Brasília, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia considera absurda a carga tributária sobre os combustíveis e vai formar uma comissão para forçar o governo a extinguir os impostos como a CIDE e reduzir os encargos sobre o PIS/Confins e os estados devem diminuir também a carga sobre o ICMS. Não vai dar em nada e é bom lembrar que Rodrido Maia é pré-candidato à presidência da República e, como em todo ano eleitoral, aparecem promessas, essa sobre os impostos dos combustíveis deve ser mais uma.
Aliás, tem outra carga pesada que o contribuinte paga que é sobre os gastos com os parlamentares e que deveria ser revista para que o exemplo venha de cima: Hoje, por ano, um deputado custa ao contribuinte 1 milhão e 800 mil reais e um senador 2 milhões. Olha que são 513 deputados e 81 senadores. Mas, nessa casta privilegiada, ninguém tem coragem de mexer.