Declarando que o município é autoridade máxima na questão sanitária, por decreto, o prefeito Gean Loureiro, decidiu hoje que Florianópolis não vai seguir a decisão do governador Carlos Moisés de, a partir de segunda feira e quarta feira, reabrir estabelecimentos comerciais. Pelo decreto, a Capital vai manter quarentena e as restrições de serviços até o dia 8 de abril.
O dispositivo assinado pelo prefeito determina que não poderão funcionar restaurantes, lanchonetes e cafés para atendimento ao público no seu interior. Também deverão permanecer fechados shoppings, academias, cinemas, bares, casas noturnas, cinemas e comércio em geral, serviços públicos considerados não essenciais e entrada de novos hóspedes no setor hoteleiro, incluindo locações temporárias individuais, bem como o transporte coletivo e aulas em creches, escolas e universidades.
SERVIÇOS PERMITIDOS
Por outro lado, o decreto do prefeito Gean Loureiro define que
restaurantes, lanchonetes e cafés poderão atender em modo take away/take out (retirada na porta) e delivery (tele-entrega), prestação de serviços autônomos e por profissionais liberais, devendo observar a necessidade de agendamento para atendimento individual, respeitando o limite de ocupação de 50% do espaço do local com distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas e reforçando as medidas de biossegurança, salões de beleza/barbearias, respeitando o limite máximo de 50% da capacidade, com distanciamento mínimo de 1,5 metro de cada pessoa e uso de luvas e máscaras,
funerais, desde que com menor número possível de pessoas pelo menor tempo possível, respeitando o limite de 50% da capacidade de público do local, atividade da construção civil, desde que não haja alojamento coletivo para trabalhadores ou aglomeração de trabalhadores.
“É uma medida impopular e sei que vou ser criticado por muitos. Mas sei da minha responsabilidade por 500 mil vidas e vou seguir o que nossa equipe de inteligência e saúde está orientando como o mais correto”, explicou o prefeito.
A equipe médica da Prefeitura se diz a favor de iniciar uma volta à sociedade gradativamente, mas antes é necessário ter chegado os equipamentos de proteção individual e testes que a prefeitura está comprando. “O que precisamos agora é de mais alguns dias para que nossa estratégia de testar suspeitos e monitorar de forma mais eficaz possa estar acontecendo”, disse o secretário de saúde, Carlos Alberto Justo da Silva.
Em mensagem por vídeo, Gean dá o exemplo da cidade de Milão, quando resolveu “afrouxar” o distanciamento social e chegou a mais de 4 mil mortes em apenas 30 dias. “Todos nós sabemos que somente o isolamento não é a cura para o mal que nos assola. Precisamos vencer o vírus com estratégia. E, nesse momento, suspender a quarentena não é melhor estratégia”, disse o prefeito.