Em pleno ano eleitoral onde os governos “facilitam” e, até “financiam negociatas puramente demagógicas” para manter ou ganhar apoios políticos, o governador Eduardo Pinho Moreira decidiu mudar o estilo administrativo: Depois de extinguir 15 Secretarias Regionais juntando nesse pacote outros 198 cargos comissionados, o governador afirmou em encontro com empresários na FIESC que a “diminuição da máquina pública vai continuar para atender as prioridades dos catarinenses em áreas como Saúde e Segurança Pública e, desta decisão não vou abrir até o final do mandato”.
Ainda, no encontro, Pinho Moreira anunciou que, nos próximos dias, vai extinguir uma secretaria que, nos últimos anos, foi alvo de ações e decisões da Justiça, virou caso de polícia, inclusive com a prisão de um ex-secretário: a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo.
Ele destacou que reconhece a contribuição do Turismo – que está entre os setores que mais geram riqueza em SC – na arrecadação do Estado: “Vamos continuar atentos às necessidades do Turismo, Esporte e Cultura. O que vamos fazer é otimizar recursos e isto quer dizer fazer mais com menos. A partir da sua extinção, as decisões das áreas de turismo, cultura e esporte estarão vinculadas diretamente ao gabinete do governador.
O governador garantiu, também, que a redução de cargos comissionados vai continuar num patamar de 30%. dessas funções. Nesse quadro, 1596 servidores são comissionados.
PAGAMENTO E AUMENTO DE SALÁRIOS
O governador chamou a atenção para números da economia catarinense. Mostrou, por exemplo, o crescimento vegetativo da folha de pagamento do Estado. Segundo ele, mesmo não concedendo aumento aos servidores, o acréscimo com as despesas chegará a R$ 651 milhões em 2018.
O Estado chegará ao fim de 2018 com dinheiro em caixa, salário dos servidores rigorosamente em dia e com as demandas que foram definidas como prioridades atendidas. “Com responsabilidade, compromisso, e coragem nosso Estado fechará bem o ano”, avaliou.
Hoje, o governador vai estar em Brasília para cobrar o comprometimento pessoal do presidente da República com o pagamento de uma dívida já reconhecida pelo Governo Federal com Santa Catarina. O montante referente à diferença dos custos entre o que o Estado realizou e o que foi pago pelo Ministério da Saúde chega a R$ 212 milhões. Moreira afirmou que vai pleitear também o aumento para R$ 17 milhões do repasse mensal feito ao Estado.