PERMANECE A PROIBIÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DE OSTRAS E MARISCOS

A interdição da comercialização de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões devido à presença de toxina paralisante (PSP) no Litoral de Santa Catarina, anunciada na última semana pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, está mantida durante esta semana. Nesse caso, fica proibida a retirada, comercialização e consumo desses moluscos, inclusive nos costões e beira da praia.

De todos os 25 pontos analisados, quatro deram positivos e estão localizados em Penha, Porto Belo, Governador Celso Ramos e Balneário Camboriú.

“Todas as regiões continuam interditadas, mas nesta semana vamos ter uma noção mais clara da situação e saber se é possível liberar alguma área. No site da Cidasc, é possível acompanhar o boletim com as análises das regiões e ver se já estão liberadas”, destacou o gerente de Pesca e Aquicultura, Sergio Winckler da Costa.

“Como não temos uma noção da abrangência e de como se movimenta esse fenômeno, estamos fazendo o máximo de análises possíveis para que a gente possa ir desinterditando áreas que não foram contaminadas. Esse monitoramento já ocorre há quase 20 anos em três toxinas e é uma rotina. Santa Catarina é o único estado brasileiro que faz isso, apesar de alguns estados terem o cultivo, como Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Nenhum deles monitora e tem esse controle como aqui”, explicou o gerente.

O PSP é causado por toxinas do grupo saxitoxina que podem causar diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória. Os sintomas podem começar a aparecer imediatamente ao consumo dos moluscos contaminados. São estáveis e não são degradadas com o cozimento ou processamento dos moluscos.

Todos os moluscos filtradores, independente se são ou não cultivados, podem acumular as toxinas. É importante salientar que a presença da PSP na água não representa risco aos banhistas.

Sergio explica que é um fenômeno natural associado a uma corrente de água quente que chegou ao Litoral catarinense. “Essa corrente de água quente criou condições propícias para que esse micro-organismo se proliferasse em densidades elevadas o que causa esse fenômeno”, disse.

 

(Fonte e foto: Site da SECOM/SC)

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