A Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, traz a partir desta sexta-feira a exposição “Os pacificadores”, mostra que enaltece os nomes de sete personalidades que entraram para a História por suas ações em defesa da construção da paz e da igualdade racial e social no mundo.
A exposição foi produzida por meio de uma parceria entre a Federação Espírita Brasileira (FEB) e a Federação Espírita Catarinense (FEC). Gandhi, Martin Luther King Jr, Nelson Mandela, Albert Schweitzer, Madre Tereza, Chico Xavier e Divaldo Franco são os protagonistas da mostra, composta pelas biografias, imagens e frases marcantes de cada um dos personagens.
Para a FEC, os sete nomes são “apóstolos da paz universal, que usaram da inteligência e brandura como arma para lutar pelos direitos de seus povos, elevaram suas existências compartilhando o ideal de irmandade e união entre a humanidade”.
A exposição está aberta para visitação diariamente, exceto aos finais de semana, até o dia 27 de abril, das 10h às 19h, na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho.
Os Pacificadores
No decorrer da história vemos diversos exemplos de pessoas que se dedicaram à paz. Independente do país, cultura e religião estas personalidades cravaram a sua participação na história por representar o permanente sonho de construção de um mundo melhor. Sendo considerados bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9).
Francisco Cândido Xavier
“Ah… Mas quem sou eu senão uma formiguinha, das menores, que anda pela Terra cumprindo sua obrigação.”
O brasileiro Chico Xavier foi eleito como o maior brasileiro de todos os tempos, em eleição promovida pelo SBT. Premiação que refletiu sua trajetória de humildade e trabalho em prol da caridade. Psicografou cerca de 450 livros, vendendo mais de 50 milhões de exemplares. Todos os direitos autorais foram cedidos para instituições de caridade. É uma das personalidades nacionais reconhecido pelo altruísmo.
Divaldo Franco
“Estamos engajados na luta da paz contra a ignorância e o nosso dever deve ser o esforço de semear estrelas na grande noite, a fim de que as sombras sejam vencidas.”
Praticamente toda uma vida dedicada à divulgação espírita e ao auxílio a famílias carentes de Salvador. Nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, se comunicando com os Espíritos desde a infância. É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo.
Mahatma Gandhi
“Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia.”
Nascido em 2 de outubro de 1869 na Índia, Mohandas Karamchand Gandhi inspirou diversas gerações pelo mundo por defender o ativismo por meio da não violência. Liderou o Movimento pela Independência da Índia.
Martin Luther King
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele.”
Filho de pastores protestantes, Martin Luther King Jr. foi pastor e ativista político. É reconhecido por ser um dos maiores destaques entre os líderes do movimento dos civis e negros dos Estados Unidos, organizando campanha de não violência e respeito ao próximo.
Nelson Mandela
“Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar.”
Ele é símbolo da luta contra o sistema de discriminação instaurado pelo Apartheid na África do Sul, e pela atuação em causas humanitárias. Nas palavras de Ali AbdessalamTreki, presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nelson Rolihlahla Mandela é “um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo”.
Albert Schweitzer
“Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros.”
Albert Schweitzer nasceu em 14 de janeiro de 1875 na província de Kaysersberg (na época pertencia a Alemanha, mas hoje fica localizada na França). Formou-se em teologia e filosofia, como músico ficou conhecido como um dos melhores intérpretes de Bach. Chegou a trabalhar em importantes universidades europeias. No ano de 1905 iniciou o curso de medicina. Seis anos depois, já casado, mudou com a esposa para Lambaréné, no Gabão, local que tinha necessidade de médicos. Durante a 1ª Guerra Mundial os Schweitzers foram prisioneiros de guerra e ficaram em um campo de concentração. Com o fim da Grande Guerra eles retomam aos trabalhos realizando conferências para levantar fundos necessários para retomar os trabalhos na África. Após sete anos eles retornam para Lambaréné com mais médicos e enfermeiros para ajudar. Em 1952 Albert Schweitzer foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz. Morreu em 4 de setembro de 1965.
Madre Teresa
“O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.”
Madre Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade e vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 1979, teve uma vida dedicada aos mais pobres e em defesa da paz. Beatificada pela igreja católica em 2003 e canonizada em 2016. Muitas universidades lhe conferiram o título “Honoris Causa”. E em 1980, recebe a ordem “DistinguishedPublic Service Award” nos EUA.