“Ninguém é obrigado a ser político ou técnico, mas todo homem que exerce uma função pública tem de ter um mínimo de respeito e de educação”. Foi nesse tom que o deputado Júlio Garcia, presidente da Assembléia Legislativa respondeu, com nota de repúdio, contra o tratamento dado ao deputado Valdir Cobalchini que foi proibido de participar de uma audiência pública pelo secretário Estadual da Infraestrutura Carlos Hasller.
Júlio Garcia acrescenta ainda que o secretário Carlos Hasller não teve educação e espero que [o governador] tome alguma atitude em relação a este ato, que não estamos acostumados a presenciar no estado”.
Segundo o deputado Cobalchini, ao entrar no gabinete do secretário de Infraestrutura para acompanhar o prefeito de Pinheiro Preto, foi surpreendido com a decisão do secretário para que se retirasse.
“Quando o prefeito foi chamado, como sempre faço, adentrei ao gabinete espaçoso do secretário e ele se disse surpreso com minha presença e enfatizou que o assunto era entre Estado e município e que portanto eu era um estranho, embora conhecendo o tema.
Em solidariedade ao deputado Valdir Cobalchini, vários parlamentares se manifestaram. O deputado Ivan Natz ao lembrar que o governador Moisés ao comparecer à sessão especial de terça feira perdeu a oportunidade de mostrar dados técnicos da administração e ironizou: O que ele vai fazer em 2020, além de cerveja e tocar violão?
“Imaginem um deputado ser barrado em uma porta de secretaria”, especulou Nazareno Martins (PSB).
“Se quer ajuda do Parlamento, nos trate com respeito”, disparou Milton Hobus (PSD), que acusou o governo de ser burocrático. “Não conseguiram fazer as licitações para reformar as escolas, sobrou R$ 500 milhões, sobrando dinheiro e a burocracia não deixou fazer a licitação, cadê o governo leve?”.
“Estive aqui neste Parlamento como suplente e numa delas vossa excelência era o secretário de Infraestrutura e mesmo sendo eu um deputado de oposição, fui bem atendido”, contou Altair Silva (PP), referindo-se a Valdir Cobalchini, que exerceu o cargo durante o primeiro mandato de Raimundo Colombo, entre 2011 e 2014.