Em todo Brasil, com a chegada do inverno e consequentemente, das baixas temperaturas, torna-se comum a criação de operações especiais para abordar pessoas em situação de rua, a ampliação de vagas nos abrigos e casas de acolhimento e também, a promoção de campanhas de doações de itens como cobertores e roupas, pelas prefeituras de grandes cidades.
Mas, em Florianópolis, a realidade é diferente. Todos esses serviços de atendimento à população de rua fazem parte das ações diárias da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Assistência Social.
Em maio deste ano, a administração municipal anunciou a criação de mais um abrigo noturno na região continental com 80 vagas. Por ser longe da região central, onde normalmente há uma concentração maior de pessoas em situação de rua, o poder público municipal providencia, diariamente, o transporte até o local. O Albergue Noturno Manoel Galdino, serviço conveniado com a Prefeitura, também conhecido como albergue da maçonaria, passou a oferecer mais 10 vagas, além das 40 que já existiam.
Nos últimos quinze dias, a equipe de Sensibilização, um dos grupos de abordagem da administração municipal, estendeu os dias de atuação, passando a oferecer os serviços de acolhimento da Prefeitura, também aos finais de semana e feriados. Paralelo a esse trabalho, mais de 2 mil voluntários da rede solidária Somar Floripa, doam e preparam café da manhã, almoço e jantar na Passarela da Cidadania aos finais de semana. De segunda a sexta, esse trabalho é feito pela Associação Braços Abertos (ABA), entidade conveniada com a Prefeitura. No local, são servidas 450 refeições diárias, atendimento psicossocial, corte de cabelo, doação e lavagem de roupas.
A força-tarefa DOA (Defesa, Orientação e Apoio), também percorre a cidade, orientando às pessoas em situação de rua sobre os diversos serviços disponíveis. A equipe segue um cronograma diário, mas também atende demandas específicas em conjunto com os agentes de Sensibilização.
CAMPANHA CONTRA ESMOLAS
A orientação da Prefeitura de Florianópolis é que a população não dê esmolas. A atitude, que parece humanitária, destrói as chances que a pessoa venha a ter de se reinserir na sociedade e interfere na busca de uma vida mais digna. A ação correta é indicar os serviços da Assistência Social, que é onde a pessoa que necessita, receberá atendimento especializado e adequado a sua situação.
Seguindo essa linha de atuação, cartilhas com a descrição e fone para contato de cada um dos serviços oferecidos, têm sido distribuídos para lojistas e para a população. O download da cartilha pode ser feito pelo link bit.ly/CartilhaSocial
“Todos os nossos serviços são conduzidos por profissionais capacitados tecnicamente. É importante que as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social sejam atendidas por quem está preparado para lidar com essa questão. Somente dessa forma, e com o apoio da população, que pode ajudar, sem dar esmolas, os resultados dos programas e políticas públicas serão efetivos,” afirma a secretária de Assistência Social, Maria Cláudia Goulart da Silva.
Uma das formas de ajudar é procurar a rede solidária Somar Floripa. Quem deseja atuar como voluntário na Passarela da Cidadania pode se cadastrar pelo site somarfloripa.com. Doações de roupas e alimentos podem ser entregues na sede da rede, na Rua Tenente Silveira, 60, 1º andar.