MINISTRA DIZ QUE SALÁRIO DE R$ 31 MIL É DE TRABALHO “ESCRAVO”

06/05/2016 - Desembargadora Luislinda Valois, ministra palestra do Café com Prosa em homenagem ao Dia das Mães, organizado pela Asteb em parceria com a Escola de Contas José Borba Pedreira Lapa. Foto: TCE-BA

Sem noção e desatino. É a equação que resume o perfil político da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, ao reclamar dos 30 mil e 700 reais que percebe pelo cargo. Em requerimento ao Palácio do Planalto, Luislinda diz que é pouco e quer incorporar nesses ganhos, mais 31 mil reais de aposentadoria. Acontece que o serviço público um teto salarial que não pode ultrapassar o valor ela já ganha.

É bom salientar que um ministro tem outros direitos: carro com motorista, jatinho da FAB, residência oficial e cartão corporativo. Luislinda Valois, vai além do absurdo, pois no texto do requerimento, esquecendo que Lei Áurea, em 1888, aboliu a escravatura no Brasil, insiste em que trabalhar com um salário de 30 mil e 700 reais é atuar na “escravidão”.

Essa exclamação tem certa razão em outro contexto ministra: escravidão de verdade é um trabalhador atravessar o “calvário” de anos da vida e depois se aposentar com um salário mínimo e já com o pé na cova; escravidão é um trabalhador ter que pagar por ano, 160 dias de seus salários para pagar impostos; escravidão é um policial ter que fazer bicos nos fins de semana para incorporar dinheiro ao salário como sustento da família; escravidão é um doente grave, ficar rezando para não morrer na fila de espera do SUS; escravidão são os mais de 11 milhões de brasileiros desempregados por causa da roubalheira que atacou e assalta os recursos da saúde, da segurança e até da merenda escolar.

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