Relatório do Programa de Redução de Filas do Ministério da Saúde, aponta que Santa Catarina continua sendo destaque nacional na realização de cirurgias eletivas. Neste mês, com base no programa de Cirurgias Eletivas iniciado no ano passado, o Estado alcançou a marca de 610 mil procedimentos.
Dentro desse quadro, entre os meses de fevereiro a julho deste ano, Santa Catarina ficou em primeiro lugar com 152.494 procedimentos, representando 60,4% a mais que São Paulo, que ficou em segundo com 95.082 intervenções, em números absolutos.
Foram 244.068 eletivas com internação (até início de outubro), 137.783 eletivas eletivas oftalmológicas (até julho) e 228.417 cirurgias emergenciais (até julho). Um aumento de mais de 60% das cirurgias em relação a 2022.
“Estamos passando a limpo a saúde de Santa Catarina, ampliando a realização de cirurgias, melhorando a infraestrutura dos nossos hospitais, levando os procedimentos mais próximos do cidadão catarinense. Muito já foi feito e ainda vamos avançar mais, para continuar diminuindo o sofrimento das pessoas”, destaca o governador Jorginho Mello.
ESTRATÉGIAS
Para enfrentar a realidade da fila, a secretaria Estadual da Saúde adotou duas linhas de ação: uma com pacientes mais antigos, com busca ativa para entender a situação e diminuir o tempo de espera. E a outra, sobre a demora para novos pacientes com a intenção de não deixar acumular os procedimentos.
A primeira especialidade a entrar nessa nova forma de gestão foi a Oncologia, pois trata-se de uma cirurgia eletiva com tempo sensível em que o paciente não pode aguardar muito tempo e, como isso, subiu o percentual de 48% (em 2022) de pessoas que executavam o procedimento em até 60 dias para 80% (em 2024). O objetivo é chegar a 100%, mas cerca de 10% dos pacientes que esperam não estão disponíveis quando são chamados por estarem imunodeprimidos, por causa de Radioterapia ou Quimioterapia.
Esses números estão sendo alcançados, após a determinação do governador Jorginho Mello, para que a Secretaria de Estado da Saúde realizasse outras ações como a abertura de leitos de enfermaria e de UTI, habilitação estadual em cardiologia para oito hospitais e em ortopedia para 14 hospitais. Também foi implementada a Tabela Catarinense de procedimentos, com pagamento até 12 vezes a tabela SUS, e do Programa de Valorização dos Hospitais. Além disso, a secretaria contratou mais seis unidades privadas que passaram a atender de forma pública, chegando a uma rede de 198 hospitais que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
“Sempre teremos pessoas entrando na fila para a realização de algum procedimento de saúde. O que precisamos é garantir que a cirurgia seja realizada num tempo digno. O problema é ter milhares de pessoas aguardando e esperando anos para fazer um procedimento, como vinha acontecendo. É preciso ter essa compreensão de quantos pacientes entram, quantos que saem para poder, inclusive, verificar a possibilidade e a necessidade de novos prestadores, quando couber, para alguns procedimentos. É isso que estamos fazendo”, finaliza o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.