LIDERANÇAS DE SC APONTAM SAÍDAS PARA REDUZIR IMPACTO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS

Os desafios que o País vive não têm solução fora da política. “Mudem os políticos, mas sem política não há solução”, foi a declaração do deputado Esperidião Amin que ontem, na sede da FIESC, em Florianópolis participou de reunião do Fórum Parlamentar Catarinense e que contou com representantes de federações empresariais, parlamentares catarinenses, da FECAM e de secretários estaduais que atuaram no Comitê de Crise do governo catarinense durante a paralisação dos caminhoneiros.

Também, no encontro, o senador Dario Berger disse que “a situação do Brasil hoje é de insolvência”. Na opinião dele, o País não tem um planejamento de longo prazo, que pense no desenvolvimento regional e, foi taxativo: “Ou nos unimos ou a crise só vai piorar”.

O Conselho das Federações Empresariais, COFEM, vai elaborar uma proposta com sugestões e encaminhar ao Fórum. Entre elas devem constar proposições relativas à facilitação de acesso ao crédito e postergação de recolhimento de tributos.

EFEITOS DA GREVE NA PRODUÇÃO

No encontro, o 1º vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, apresentou pesquisa feita pela entidade que mostra que a paralisação dos caminhoneiros afetou intensamente 70% das indústrias consultadas. Conforme o levantamento, realizado com 905 empresas, quase metade delas estimam prejuízos de pelo menos 20% do faturamento mensal. “A greve trouxe sérios danos à economia e à sociedade. Em conjunto precisamos encontrar mecanismos para minimizar os impactos”, declarou.

O deputado federal Jorginho Mello disse que a medida do governo federal de reduzir o preço do óleo diesel pode gerar aumento de tributos para cobrir esse custo. “A preocupação é que não se cobre mais de quem produz e trabalha nesse Brasil”, declarou, defendendo que seja colocada em pauta a reforma tributária. “Seria o momento de pautar”, afirmou, observando que o tema foi sugerido ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. “O objetivo aqui é ouvir e ver como os deputados e senadores por Santa Catarina podem ajudar”, disse.

As consequências das paralisações ficaram e não sei por quanto tempo vão permanecer se não construirmos alternativas”, disse o senador Dalirio Beber. Ele defendeu a realização de reformas estruturais, como a tributária, além do pacto federativo.

O senador Paulo Bauer ressaltou que especialmente durante a paralisação houve queda de arrecadação nos estados e no País. “Penso que o Fórum Parlamentar vai ter que agir e não sozinho. O governo federal tem mecanismos para resolver esse problema”, disse.

O COFEM é integrado pelas federações empresariais da indústria (FIESC), comércio (FECOMÉRCIO), Agricultura (FAESC), Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (FACISC), das CDLs (FCDL) e das micro e pequenas empresas (Fampesc

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