JUSTIÇA DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DO HOMEM QUE MATOU PROFESSORA EM FLORIANÓPOLIS

A Vara do Tribunal do Júri da Capital decretou hoje a prisão preventiva do homem que matou a ex-companheira a facadas dentro da escola onde ela trabalhava como diretora no Campeche.

Em audiência de custódia realizada no Fórum da Capital, a juíza Paula Botke e Silva apontou que há prova da materialidade e indícios suficientes de autoria. Assim, a prisão em flagrante foi considerada válida e convertida em preventiva em relação aos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio qualificado, cárcere privado e resistência.

Na decisão, a magistrada destaca os relatos dos policiais militares envolvidos na ocorrência. De acordo com os policiais, pessoas que estavam presentes na cena do crime afirmaram que ele chegou a manter a vítima trancada no banheiro por aproximadamente 30 minutos. Nesse momento, um homem que tentou ajudá-la acabou sendo esfaqueado no braço, o que justificou também o seu enquadramento por tentativa de homicídio.

Os policiais ainda destacaram a necessidade de fazer uso progressivo da força para rendê-lo, uma vez que ele resistiu à prisão e tentou provocá-los para que atirassem em sua direção.

A juíza também considerou os relatos de familiares da vítima, no sentido de que ele constantemente ameaçava aos filhos dela, já que eles não aceitavam o relacionamento amoroso por entenderem como um caso abusivo.

A decisão destaca a prisão preventiva como necessária a resguardar a integridade física e psicológica dos familiares da vítima, que já se sentiam ameaçados pelas atitudes do conduzido, agravadas pela brutal conduta praticada.

Conforme a juíza, há real possibilidade de que o homem influencie na prova judicial investindo contra tais pessoas. O propósito da audiência de custódia desta quinta-feira foi de exclusivamente decidir pela manutenção ou não da prisão e verificar se houve eventual abuso na ação policial, o que foi negado pelo conduzido. Ele não teve de se manifestar sobre a autoria dos fatos. Também participaram representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado. O processo corre em segredo de justiça.

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