Barracos de madeira, todos clandestinos, que estavam sendo erguidos junto à baía Sul, ao lado do Terminal do Saco dos Limões, foram interditados pela Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública de Florianópolis. Inicialmente, a estrutura do terminal vinha sendo utilizada por 30 indígenas mas, com a temporada de verão, a ocupação já chega hoje a mais de 400 pessoas.
O prefeito Topázio Neto, como a área é de propriedade da União, os órgãos federais estão ignorando a questão indígena no local, que pode se tornar irreversível.
“Estamos alertando há meses para a situação no local. Há crianças sem cuidados médicos, inclusive pedindo esmola nas sinaleiras. Para piorar a situação, o movimento está construindo barracos em uma área federal que a justiça impede o município de atuar, diz o prefeito.
O receio da prefeitura é que o local se torne novas moradias sem qualquer infraestrutura de esgoto, água ou energia. O município já ofereceu, em juízo, a construção de uma casa de passagem para indígenas vindo de outro Estado, mas os locais oferecidos foram negados pelas lideranças.