HOMENAGENS NA CÂMARA MUNICIPAL RENOVAM A HISTÓRIA RELIGIOSA DO CICLO DO DIVINO EM FLORIANÓPOLIS

Como manifestações histórica e  religiosa  que desceram sobre  Florianópolis em 1748, acompanhadas por imigrantes açorianos e, desde então,  sendo celebrada no período de Pentecostes  que indica a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e  cinquenta dias após a Páscoa,o  Ciclo do Divino Espírito Santo recebeu, hoje, em sessão da Câmara Municipal da Capital, inúmeras homenagens. Neste sábado, o ciclo começa com solenidade religiosa na Catedral Metropolitana e, depois, a Bandeira do Divivo vai percorrer 14 comunidades da Capital.

A tradição é marca permanente da cultura do litoral de Santa Catarina, mesclando elementos religiosos, profanos e folclóricos, com novenas, promessas, folguedos populares, folias e cantorias, além da procissão da corte imperial e da cerimônia de coroação do Imperador, alusivas à devoção da Rainha Isabel de Aragão (1270-1336).

“A homenagem é fazer um justo tributo a esta cultura ancestral, que nos ensina que a idade do Espírito Santo é a era da partilha e da solidariedade entre todos os seres humanos”, disse o autor do requerimento que promoveu a sessão especial, vereador Edinon Manoel da Rosa, o “Dinho” (União Brasil).

Historiador e presidente da Casa dos Açores de Santa Catarina, o professor Sérgio Luiz Ferreira falou da alegria de voltar a comemorar o Ciclo depois de dois anos de pandemia sem poder realizar as festividades. “Que esse ano a gente possa, em todas as nossas comunidades, fazer a nossa festa como nós sempre gostamos: de podermos estarmos juntos, nos abraçando, festejando e celebrando o que de mais bonito a devoção ao Espírito Santo nos traz, que é a solidariedade e que é a partilha”.

MOBILIZAÇÃO

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (Sem Partido) destacou o envio de R$ 15 mil para cada uma das comunidades poderem realizar as comemorações, valor que já está em processo de pagamento. “A gente sabe que a festa custa muito mais do que isso, mas a gente também confia e tem certeza da mobilização de cada uma das comunidades para fazer a melhor festa dentro das possibilidades de cada comunidade”.

Esse valor, segundo o chefe de gabinete do prefeito, Fábio Botelho, era até então de R$ 10 mil, usado para custear os trajes da procissão. O objetivo do aumento foi ajudar também na infraestrutura das festas. “Mais do que a ajuda financeira, vai o nosso dever da manutenção da nossa cultura. E aqui estamos, em um momento único comemorando e talvez exaltando todo o esforço cultural da prefeitura de fazer com que essa tradição seja mantida e cada vez mais valorizada”.

Também presente na solenidade, o presidente executivo do Grupo ND, Marcello Petrelli, destacou o papel do conglomerado de levar informação sempre integrada à cultura da população catarinense, fazendo menção ao projeto “Viva Açores, Conhecer é Viver!”, lançado em março e que busca aproximar a relação entre açorianos e catarinenses. “Nós precisamos construir o conhecimento cada vez mais vivo do que é Açores, o quanto nos trouxe aqui pra Florianópolis e pra toda a região do litoral de essência, cultura, e principalmente do reconhecimento da valorização do ser e do existir. Nos honra muito ter a oportunidade, através dos nossos veículos, de poder mostrar e poder juntar esses dois mundos”.

 

 

 

 

 

 

 

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