Uma falta de respeito e compromisso com a Justiça, bem como aumentando a indignação de pais, cujos filhos continuam sem aulas e da mesma forma contra as pessoas, especialmente carentes que, precisando de atendimento médico e remédios, inclusive de uso contínuo, a decisão de servidores municipais que, sob o comando do SINTRASEM, decidiram manter a greve.
A contradição veio depois, em juízo, sindicato e prefeitura assinaram um termo de acordo em audiência na quarta feira perante o desembargador Hélio do Valle Pereira.
No acordo firmado, a prefeitura abria mão de cortar os salários de parte dos dias parados sob a responsabilidade de que houvesse reposição das aulas e de outros serviços. Também se comprometeu a investir os 40 mil reais de multas impostas pela Justiça em cursos de aprimoramento escolar aos alunos. Sobre aumento salarial, o município pagaria a inflação dos últimos doze meses.
Pois bem, firmado o termo, ontem em Assembléia dos servidores, o SINTRASEM fez exigências paralelas, como a revogação do projeto Creches e Saúde Já, aprovado pela Câmara Municipal e já sancionado pelo prefeito Gean Loureiro. Também, o sindicato não concorda que os ACT’s (professores provisórios) cujos contratos terminam esta semana, sendo substituídos por concursados, participem da reposição das aulas. O sindicato quer ainda anistia ampla e irrestrita do corte de salários e sobre a multa. Por outro lado, a Prefeitura vai abrir edital para abertura de vagas em escolas particulares com a finalidade de atender os alunos da Rede Municipal.
Em outra decisão, completados 30 dias de greve, os servidores efetivos que estão em greve, poderão ser demitidos por abandono de emprego. E, no início da noite, o desembargador Hélio do Valle Pereira proferiu despacho para que a Prefeitura mantenha 200 ACT’s, cujos contratos de trabalho terminam esta semana, para que permanecem enquanto durar a reposição das aulas. Nesse caso, embora o Tribunal de Contas do Estado entenda como impedimento, a Prefeitura diz que vai cumprir o despacho judicial. Ainda bem que o sindicato não exigiu (ainda) as chaves da prefeitura.