Com a greve anunciada para amanhã do Transporte Coletivo, a prefeitura de Florianópolis decidiu oferecer aos usuários, transporte alternativo, com vans e ônibus escolares. Também, vai multar o consórcio fênix por descumprimento de todas as linhas que ficarem afetadas pela paralisação. Esse movimento de greve tem, segundo as centrais sindicais, protestar contra a reforma da previdência.
Mas o movimento tem como pano fundo outros interesses, como vingar a condenação ex-presidente Lula a 12 anos de prisão pelo TRF e forçar o governo a reeditar o imposto sindical, aquele dinheiro que, até o ano passado, o trabalhador tinha, obrigatoriamente, que depositar nos cofres dos sindicatos em todos os meses de março. O imposto foi derrubado na reforma trabalhista, aprovada em novembro.
Essa greve do Transporte Coletivo vai atingir em cheio, milhares de pessoas que vão perder o trabalho, compromissos dos mais diversos e também consultas e procedimentos médicos no SUS que, originalmente, levam anos e anos para agendamento. O comércio também será afetado com enormes prejuízos.
Quer dizer: a população, mais uma vez, vai ser castigada sem qualquer culpa em cartório com uma greve que, como fato determinado mesmo, tem o caráter político e surrado do “Fora Temer”.
Em outras greves, o movimento descambou para a violência, com vândalos e baderneiros, fechando vias públicas, tentativas de interditar o trânsito nas pontes e depredações contra o patrimônio público e fechado.
E, ainda, o desdobramento dessas greves tem precedentes de que só um lado é que vale e que faz o que bem entende. Podem anotar: se a Polícia Militar tiver que agir para defender o direito de ir e vir das pessoas, dos bens públicos, não vão faltar as chamadas comissões de direitos humanos classificando a polícia de violenta, sanguinária e opressora, ou seja, o policial pode ser xingado, provocado e proibido de defender o interesse público, a ordem e a lei.