Com sérios problemas de estrutura e manutenção, seis hospitais da Grande Florianópolis mantidos pelo governo do Estado estão sob situação de emergência em saúde pública, segundo decreto assinado pelo governador Jorginho Mello.
O decreto vai “permitir que a gente faça intervenções rápidas nas nossas estruturas de hospitais próprios. Não são todos, é nas estruturas da Grande Florianópolis: o Hospital Infantil, a Maternidade Carmela Dutra, o Hospital Regional de São José, o Hospital Celso Ramos, o Instituto de Psiquiatria e o Hospital Santa Teresa. Eles são as situações mais complexas que nós temos e precisamos dar uma solução desde a cobertura, revisão de parte elétrica e hidráulica, os banheiros precisam ter mais condições, as enfermarias e os espaço dos pacientes, todas essas áreas de atendimento”, explicou a secretária Carmen Zanotto.
Entre as obras previstas estão a ampliação e a construção de uma nova emergência no Hospital Infantil Joana de Gusmão, além de mais 20 leitos de UTI para o mesmo hospital. Na Maternidade Carmela Dutra, além de todas essas melhorias internas, a proposta é também ampliar os leitos de UTI. Já no Hospital Regional os planos são para uma nova emergência, com a ampliação da estrutura atual.
De forma geral, estão previstas adequações das infraestruturas prediais e os sistemas das redes de gases medicinais, assim como a reestruturação das instalações elétricas, hidrossanitárias e de climatização das estruturas públicas. As ações serão implementadas e executadas no prazo de 180 dias a contar da data da publicação do decreto de situação de emergência.
“As estruturas dos nossos hospitais não combinam com a qualidade do grupo de profissionais que lá trabalham. Nós temos equipes técnicas excelentes, mas nós temos estruturas muito precárias mesmo para o atendimento. Precisamos melhorar desde os banheiros, os consultórios até os quartos e as emergências onde os pacientes ficam. Precisamos receber com mais dignidade os pacientes”, explicou a secretária Carmen Zanotto.
IMPACTO DE INTERNAÇÕES
As melhorias realizadas para solucionar os problemas estruturais da unidade também devem se refletir em uma ampliação de serviços em decorrência do aumento na ocupação de leitos, principalmente por conta da dengue e doenças respiratórias. O aumento expressivo de casos de doenças infecciosas virais, como a dengue e as doenças respiratórias, vem refletindo na busca por atendimentos no sistema de saúde do Estado e, consequentemente, na alta da ocupação de leitos hospitalares.
As unidades são referência para o atendimento no caso de casos graves da dengue, como os da dengue hemorrágica, em que o paciente precisará do atendimento de alta complexidade prestado pelos hospitais da rede estadual. Para casos leves da doença, a secretaria reforça o pedido de que busquem o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e também nas UPAs.