Com a decisão de orientar os profissionais e gestores de saúde do SUS com informações estratégicas de vigilância, prevenção, contenção e controle, além de orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais úteis para a gestão da emergência em saúde pública, a Secretaria de Estado da Saúde apresentou, ontem, em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), aspectos do Plano de Contingência de prevenção à varíola dos macacos. O plano visa nortear as ações do SUS ao estabelecer as diretrizes que deverão orientar as estruturas de saúde de gestão municipal, estadual, complementar e suplementar. Até ontem, foram notificados 493 casos suspeitos de Varíola dos Macacos em Santa Catarina, dos quais 72 foram confirmados, 146 foram descartados e 267 estão em investigação.
Foram estabelecidas responsabilidades para as áreas de vigilância em saúde, incluindo epidemiológica, sanitária, saúde do trabalhador, prevenção e controle de infecção em serviços de saúde, além da atenção primária, especializada (pronto atendimento, Samu, urgências e serviço hospitalar) e hospitalar.
Para a rede de atenção foi elaborado um protocolo de trabalho de forma a orientar o atendimento às demandas. Os serviços devem organizar o funcionamento adequado para atendimento aos casos suspeitos de Varíola dos Macacos, promovendo o acolhimento, triagem, atendimento, coleta de exames, diagnóstico, tratamento e orientações sobre adoção de medidas de prevenção e controle, incluindo isolamento.
Um dos aspectos importantes do plano se refere à atenção aos grupos mais vulneráveis, como gestante e puérpera, bebês e crianças, pacientes imunocomprometidos e aqueles que utilizam serviços de hemodiálise.
“A SES vem mantendo um nível de atuação coordenada com os municípios na resposta à emergência. No momento, aguarda a descentralização dos insumos para realização do diagnóstico laboratorial no Lacen, que já possui equipamentos e pessoal capacitado. O Lacen vem disponibilizando kits contendo swabs e tubo do tipo Falcon para coleta de amostras para o diagnóstico de infecção pelo vírus Monkeypox”, informou o superintendente de vigilância em saúde, Eduardo Macário.