GOVERNO CRIA CENTRO DE OPERAÇÕES EMERGENCIAIS PARA CONTER AVANÇOS DA DENGUE EM SANTA CATARINA

Com 3.044 casos confirmados, uma morte, a incidência da dengue em Santa Catarina passou a ser considerada de nível elevado e em grau até de epidemia. A situação na Região da Grande Florianópolis é a mais preocupante e  a cidade de Palhoça concentra o maior número de casos, com 38% do total. Diante desses números e como ações emergenciais, o governador Jorginho Mello e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, anunciaram hoje, em coletiva à imprensa,  a implantação do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (vírus que transmite dengue, chikungunya e zika). O Centro tem por objetivo auxiliar no enfrentamento da transmissão da dengue no estado, com foco neste momento na região da Grande Florianópolis.

Diante desse cenário, a secretária de estado da Saúde, Carmen Zanotto, reforça a importância da união dos esforços tanto do poder público quanto da população para prevenção da dengue. “A criação do COE arboviroses traz uma organização para as nossas ações. Esse ato demonstra que estamos todos juntos, Governo do Estado e municípios no enfrentamento à dengue. Não podemos permitir que uma doença que tem uma prevenção clara se desdobre em óbitos”, alerta.

Com o Centro instituído, é possível monitorar o cenário epidemiológico, desencadear medidas rápidas e de forma intersetorial que cabem ao Estado, assim como auxiliar as equipes municipais na intensificação das ações, tanto para controle do mosquito Aedes aegypti como para assistência dos casos. O local servirá para integrar as diversas estruturas da Secretaria de Estado da Saúde com as secretarias municipais da Grande Florianópolis. Além disso, o COE-Arboviroses também pode demandar outras áreas do Governo do Estado para auxílio nas atividades, conforme os mecanismos já estabelecidos para uma resposta coordenada.

“Esse grupo vai focar e unir os esforços para cuidar da saúde da região que mais registra casos de dengue no estado. E diante do cenário epidemiológico é fundamental o trabalho de todos. Além disso, o Governo do Estado irá disponibilizar R$ 10 milhões para assistência dos casos de dengue para os municípios”, destaca Jorginho Mello.

A implantação do COE contou com ainda com a presença do superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, além de deputados, prefeitos da Grande Florianópolis (Topázio Neto, Florianópolis; Orvino Coelho de Ávila, São José; Eduardo Freccia, Palhoça; e Samir da Silva, Biguaçu), secretários municipais de saúde e presidentes das Câmaras de Vereadores. Entidades comerciais e empresariais também se fizeram presentes.

NÚMEROS DE DENGUE

De acordo com os dados divulgados na coletiva, atualizados até o dia 18 de março, o estado registrou 3.044 casos da doença, com um óbito confirmado (Florianópolis). O município de Palhoça concentra a maioria dos casos (38%), sendo que a transmissão já ocorre em nível de epidemia, ou seja, com uma elevada incidência.

Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.

Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, que são os seguintes: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade.

“Outro ponto importante: o tratamento da dengue é a hidratação adequada. Por isso, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é hidratar. Isso é essencial para evitar a evolução dos casos leves em graves”, explica Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde de SC.

São considerados grupos de risco para dengue: crianças, gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, pessoas com comorbidades, como hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc), asma, obesidade, doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças autoimunes.

“É importante que os serviços de saúde do Estado utilizem o fluxograma de manejo clínico para atendimento dos casos de dengue e façam a classificação correta para o atendimento oportuno. Assim, vamos conseguir evitar casos graves e óbitos”, enfatiza João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. A principal medida de prevenção da doença é eliminar os criadouros do mosquito.

CUIDADOS E PREVENÇÃO

• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
• Retire a água acumulada em lajes;
• Limpe as calhas, evitado que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

 

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