GENERAL HAMILTON MOURÃO: INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA EM SC PASSAM PELAS CONCESSÕES

Ao receber hoje em Florianópolis do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Mario Cezar Aguiar, um pacote de reivindicações sobre investimentos na área da infraestrutura  em Santa Catarina, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão apontou que a saída para melhorar a infraestrutura catarinense passa pelas concessões. “Então, sobre os problemas de infraestrutura logística de Santa Catarina aqui apresentados, talvez tenhamos que buscar saída nas concessões. Eu sei que a BR-101 é prioridade do ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura). Então a concessão da BR-101 (trecho sul) pode abrir o espaço que hoje está bloqueado para a União investir recurso e coloque em outros lugares. Isso é uma coisa que posso dizer aqui para o pessoal de Santa Catarina”.
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Mario Cezar de Aguiar, que recebeu o vice-presidente da República dentro da programação dos 70 anos da entidade, lembrou que nos últimos 10 anos, foram entregues apenas 14,5 quilômetros das obras de ampliação de capacidade e duplicação das rodovias federais estratégicas para o Estado, as BRs 163, 280 e 470. As obras rodoviárias em questão somam 209,2 quilômetros. Os 14,5 km entregues fazem parte da duplicação prevista de 73,2 km da BR-470, que está em obras desde 2013, mas deveria estar pronta em 2018.

A BR-280 está em obras desde 2013 e, pelo prazo do edital, deveriam ter sido entregues 73,9 quilômetros de duplicação em 2017. A BR-163 é outro exemplo de rodovia que desde 2013 está em obras para adequação de capacidade de um trecho de 62,1 km, com prazo de edital vencido em 2015, mas sem nenhum quilômetro entregue até o momento. Em sua apresentação, Aguiar também chamou a atenção para o atraso na elaboração dos projetos das ferrovias Leste-Oeste, com edital vencido desde 2016, e Litorânea, com prazo de edital vencido desde 2011.

SC: SEGUNDA PLATAFORMA LOGÍSTICA DO PAÍS

“Temos vocação para sermos uma plataforma logística extremamente importante para o país. Hoje já movimentamos cerca de 20% de toda a carga de contêiner do Brasil. Somos a segunda plataforma mais importante e podemos ser a primeira se houver uma melhoria na nossa infraestrutura. Temos cinco portos com excelente desempenho, inclusive com excelente eficiência de operação, o que nos dá uma vantagem competitiva significativa. Mas temos desafios e gostaríamos do seu apoio para poder vencê-los”, disse Aguiar, dirigindo-se a Mourão.

Ainda sobre a participação do governo federal no setor da infraestrutura do Estado, o general Hamilton Mourão lembrou a a importância do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), do governo federal, que, segundo ele, adota máximo rigor técnico, previsibilidade e transparência. “A realidade é uma só. Nosso orçamento não tem espaço para investir o que precisamos. Então precisamos do privado. Qual o ponto chave de uma concessão? É o contrato bem feito que leva à segurança jurídica e ao bom ambiente de negócios. Esse é o pacote que a equipe do PPI vem se debruçando para avançar”, declarou.

RETOMADA DO CRESCIMENTO

O vice-presidente disse ainda que os pontos focais do governo para retomar o crescimento econômico são o equilíbrio fiscal, o aumento da produtividade, segurança pública e cidadania. Para alcançar o equilíbrio fiscal, ele salientou a importância de ajustar as contas públicas, que começou com a aprovação da reforma da previdência. Mas há outros fatores que são cruciais para isso, como a desvinculação do orçamento, a modernização do estado e as privatizações.

Mourão defendeu ainda a melhoria da produtividade, que, na opinião dele, passa pela elevação da qualidade da educação. A reforma tributária também foi outro destaque. “É consenso. O governo hoje julga que é melhor o Congresso Nacional discutir as propostas que tramitam e o Executivo pode contribuir com propostas. Mas temos que avançar nesse assunto esse ano. Temos que simplificar o sistema tributário que custa R$ 75 bilhões por ano para governo e empresas. A reforma está na ordem do dia e acredito que o Congresso vai nos entregar isso esse ano”, afirmou.

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