GELSON MERÍSIO: “O ESTADO NÃO PODE FINANCIAR A INEFICIÊNCIA DA SAÚDE”

“O Estado não pode financiar a ineficiência na saúde. É preciso entender as dificuldades e ter agilidade na busca de soluções”, foi o que declarou, ontem em Florianópolis, o candidato ao governo pelo PSD, Gelson Merísio no encerramento do Encontro Catarinense de Hospitais.

Merísio disse que está convicto de que o Estado deve servir aos cidadãos e que a Saúde, se for eleito governador, sempre será prioridade para os catarinenses.

Em cerca de 30 minutos de sabatina, Gelson Merisio falou sobre suas iniciativas na área, a criação do Fundo de Apoio aos Hospitais Filantrópicos e a PEC da Saúde.

O projeto, criado em 2016, aumenta o investimento obrigatório para a área de 12% para 15% de toda arrecadação de impostos. A projeção é garantir R$ 8 bilhões adicionais para a Saúde nos próximos 10 anos. “O atual governo não está conseguindo cumprir os percentuais. Neste ano, repassaram até agora 12,74% e terão dificuldade para alcançar os 14% até dezembro. Eu pretendo, junto com o João Paulo (Kleinübing), executar os repasses na plenitude a partir de janeiro, quando o investimento obrigatório passa para 15% da Receita Líquida de Impostos”, disse.

MUDANÇAS NO MODELO

Questionado sobre o apoio que o Estado deve dar aos hospitais filantrópicos, o candidato defendeu mudanças no atual modelo, com o uso de novas tecnologias, conectividade e gestão. “Vamos criar um hospital espelho, um modelo ideal, que será o padrão em gestão para todos os outros, filantrópicos e públicos”, disse.

Ao defender a importância de Santa Catarina ter dois ex-governadores no Senado – Raimundo Colombo (PSD) e Esperidião Amin (PP) -, o candidato do PSD defendeu a união de esforços entre Governo Federal, Estado e Municípios. “Não há Saúde que funcione sem a integração plena entre o Estado e os Municípios: o cidadão não quer saber se quem está custeando o tratamento é o Estado ou o Município. O cidadão quer e precisa é de atendimento”.

PARCERIAS

Candidato a vice-governador e ex-secretário estadual da Saúde, João Paulo Kleinübing (DEM) também participou da sabatina. Ao falar sobre a habilitação de novos serviços nos hospitais filantrópicos e públicos de Santa Catarina, defendeu a criação de novos modelos de financiamento e aporte de recursos, baseados em eficiência e indicadores. “Hoje, os hospitais de administração própria consomem metade dos recursos da Saúde, o que é um grande desafio. O Estado tem que financiar a eficiência, o bom desempenho, a produção. E isso exige parcerias com as instituições e com os próprios municípios”

Merisio e Kleinübing anteciparam que, se eleitos, irão ouvir os gestores dos hospitais filantrópicos na construção deste novo modelo. “É preciso trabalhar a eficiência e os indicadores e estabelecer os novos modelos de financiamento e aporte de recursos.

Não pode ter diferença se o hospital é administrado pelo Estado, pelo Município ou uma OS. É essa a aproximação que temos de buscar. Buscar um modelo de gestão e vamos avançar, com o uso efetivo da tecnologia e a forte participação das instituições filantrópicas nesse processo”, disse o candidato a vice-governador.

Ao final da sabatina, os candidatos Gelson Merisio e João Paulo Kleinübing assinaram uma carta na qual se comprometeram em levar as demandas das instituições adiante, caso eleitos em outubro.

O candidato a senador Esperidião Amin (PP) também acompanhou a sabatina e seguiu com o candidato a governador e a vice para Tubarão. Raimundo Colombo (PSD), que também disputa uma vaga ao Senado, já estava no Sul à espera dos três.

TECNOLOGIA DE PONTA

“Um dos problemas hoje na Saúde é a falta de tecnologia aplicada. É necessário construir um processo tecnológico que integre todos os agentes. Uma gestão de tempo real, de média e alta complexidade”.

“A melhor maneira de não fazer nada é querer fazer tudo ao mesmo tempo: temos que fugir dessa realidade. Vamos reduzir o custeio dos hospitais públicos ao redirecionar a demanda para médios e pequenos hospitais”.

“Eu não consigo imaginar como temos ainda uma van com pacientes saindo de São Miguel do Oeste para fazer tratamento em Florianópolis, passando por Chapecó, Xanxerê e Concórdia.

Nestes lugares há profissionais e equipamentos. O que acontece? Falta um sistema que gerencie de maneira inteligente e garanta que o atendimento seja oferecido próximo a casa do paciente”.

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