A extinção das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) é um dos pontos-chave quando se discute o necessário enxugamento da máquina pública em Santa Catarina. E vai ser uma boa questão para ficarmos de olho nestas eleições para governador.
Mesmo com a redução de cargos comissionados e de algumas unidades, as regionais (como são chamadas as ADRs) consumiram R$ 343.830.107,86 somente em 2017, foi o que declarou hoje em Florianópolis, o candidato ao governo, Gelson Merísio, PSD.
Segundo Merísio, dinheiro gasto com energia, aluguel e pessoal que poderia ser investido em áreas mais urgentes. Com essa mesma verba, por exemplo, o Estado poderia manter 114.610 novos alunos no ensino fundamental por um ano. Ou então, pagar o salário de 5.111 policiais ou 2.415 médicos também por um ano.
MODELO ULTRAPASSADO
Grande parte da população e da própria classe política já concordam que as ADRs são um modelo ultrapassado e que serve como burocracia ao intermediar ações do governo com as regiões, acrescenta.
E Merísio pergunta: Mas, qual a alternativa? O candidato, diz que é um dos principais defensores da extinção das Regionais. Defende que se deve pensar em um novo modelo que valorize a atuação das associações de municípios em parceria com o Estado, enxugando a estrutura administrativa – e assim transformar esse custo em investimento em áreas essenciais.
“É preciso adequar a máquina pública à realidade do tempo em que vivemos. As ADRs são estruturas intermediárias do governo do estado criadas há 15 anos com o objetivo de auxiliar nos processos administrativos dos municípios. Mas com o avanço da tecnologia e o alto custo, cerca de R$ 350 milhões por ano, essas estruturas se tornaram desnecessárias. O fim das ADRs reduzirá o número de comissionados dos atuais 1.400 para somente 200. Toda essa economia vai permitir investimentos em saúde, segurança e educação”, explica Merisio. “A nossa proposta é trabalhar direto com as prefeituras e associações de municípios, implementando um novo processo de gestão administrativa com o auxilio de ferramentas tecnológicas”, complementa.
A ORIGEM
Gelson Merísiio, diz ainda que “as Agências de Desenvolvimento Regional foram criadas no governo de Luiz Henrique da Silveira (então PMDB) há 15 anos (na época como secretarias regionais – SDRs). Com o objetivo de interiorizar as ações do governo catarinense. No entanto, ficaram defasadas pelas ferramentas e tecnologias atuais que possibilitam o trabalho feito de forma mais direta, realizado sem burocracia pelos próprios municípios.