FLORIANÓPOLIS TEM NOVA CRECHE PARA ATENDER CRIANÇAS CARENTES

O prefeito Gean Loureiro, como parte da programação dos 346 anos de Florianópolis vai inaugurar nesta sexta feira, às 9 horas da manhã, o Núcleo de Educação Infantil Professora Antonieta de Barros, localizado na comunidade Vila Aparecida, região continental.

A unidade educacional tem capacidade para atender em média 240 crianças em 13 salas, em regime integral. A Prefeitura investiu na obra R$ 4, 3 milhões. O atendimento às crianças será das 7h30 às 18h30. O Neim está localizado na Rua Nossa Senhora Aparecida, Coqueiros.

TÍTULO HISTÓRICO

O nome escolhido para o novo Núcleo Infantil da Capital tem um significado histórico: Antonieta de Barros, negra, nasceu em Florianópolis em 11 de julho de 1901. Concluiu em 1921, aos 17 anos, a Escola Normal Catarinense.

No ano seguinte, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, dedicado à alfabetização de pessoas carentes. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964. No atual Instituto Estadual de Educação, entre os anos de 1933 e 1951, foi professora de Português e Literatura, assumindo a direção do estabelecimento de ensino de 1944 a 1951, quando se aposentou.

Antonieta de Barros tornou-se a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina. Foi eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense. Como constituinte em 1935, ficou encarregada de relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo. Esteve na Assembleia Legislativa até 1937, quando essa casa foi extinta por conta da ditadura do Estado Novo. Esse regime foi instaurado pelo presidente da República Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937 e vigorou até 31 de janeiro de 1946. Era caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo.

Com o término do regime ditatorial, candidatou-se pelo Partido Social Democrático e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Exigiu concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.

Fundou e dirigiu A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Nesse jornal, debatia temas ligados às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito racial. Dirigiu ainda a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, ela escreveria o livro Farrapos de Ideias, em 1937. Antonieta de Barros faleceu no dia 18 de março de 1952.

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