PREFEITURA E CASAN INICIAM AS OBRAS DE RECUPERAÇÃO DA BALNEABILIDADE DA BEIRA MAR

Depois de várias décadas como promessas não cumpridas em campanhas eleitorais, agora, o prefeito Gean Loureiro depois de se comprometer também na última eleição, a Prefeitura e a Casan dão início, nesta quinta-feira, às 9 horas, as obras do projeto de Balneabilidade da Avenida Beira Mar Norte. A meta é tornar balneável − ainda em 2018 − a região da Beira-Mar Norte, em uma extensão de três quilômetros e meio, entre a Guarnição de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros (próximo à Ponte Hercílio Luz) e a Ponta do Coral.Semelhante ao processo que está ajudando a recuperar o Rio do Braz, no Norte da Ilha, a ação voltada à Baía Norte está focada no controle dos poluentes conduzidos pela rede de drenagem (a rede de águas das chuvas).

A ordem de serviço será firmada pelo governador Eduardo Pinho Moreira, acompanhado do prefeito Gean Loureiro e do presidente da Casan, Valter Galina.O ato está marcado junto ao bolsão da Casan, Estação Elevatória na Baía Sul.

Temos atualmente R$ 400 milhões de investimentos somente em Florianópolis, e este projeto será a cereja do bolo em termos de qualidade de vida na Capital”, destaca o diretor-presidente da CASAN, engenheiro Valter Gallina.e o plano de trabalho contempla a instalação de uma Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA) junto à Estação Elevatória da CASAN na Avenida Beira-Mar (área conhecida como Bolsão). A URA Beira-Mar vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais. O equipamento terá capacidade de tratar até 150 litros por segundo, o equivalente a quase 13 milhões de litros por dia. O projeto prevê também que cada uma das saídas da rede de drenagem pluvial (tubulações de cimento) receberá um sistema próprio de captação e bombeamento. Serão, assim, cerca de 15 a 20 pequenas estações elevatórias conduzindo a mistura de chuva com esgoto até a URA Beira-Mar.

Segundo o prefeito Gean Loureiro, “é um projeto que nos trará o resgate de uma área muito importante, proporcionará uma cidade para todos e de frente para o mar, como uma ação que favorece a cidade”.

Poluição da Baía é localizada

Apesar de a área central de Florianópolis contar com 100% de rede de coleta e tratamento de esgoto, diferentes fatores ainda causam a poluição da praia. Entre eles, a ocupação desordenada e o altíssimo adensamento urbano. Para agravar, CASAN e Prefeitura estimam que cerca de 50% dos imóveis da região apresentam alguma irregularidade na instalação com a rede coletora de esgoto.

“Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital”, explica o diretor-presidente da CASAN, engenheiro Valter Gallina. “A rede de esgoto instalada resolve o problema sob o ponto de vista sanitário, mas não permite a balneabilidade.”

Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da CASAN para monitoramento da Baía Norte apresentam resultados que deram suporte ao projeto de despoluição da região. Esse acompanhamento mostra que a menos de 200 metros da areia da praia a água se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da FATMA.Essa boa condição da água comprova que a poluição da Baía está localizada nas galerias de água da chuva. “Solucionado estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, complementa o engenheiro Alexandre Trevisan, da Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da CASAN.

O projeto está orçado em R$ 24,5 milhões e deverá permitir que o sistema de captação, elevatórias e a Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA) estejam em operação antes do início do Verão 2019

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