Com quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, realizou hoje no Estado do Ceará, uma operação para combater os golpes dos falsos precatórios. Com o auxílio da delegacia de Defraudações, da Polícia Civil catarinense; além da Polícia Civil cearense, o NIS cumpriu diligências em duas cidades cearenses: Pacatuba e Maracanaú.
Na operação de hoje, os policiais apreenderam diversos aparelhos eletrônicos, que serão analisados para a continuidade das investigações e identificação dos demais envolvidos. Além das vítimas de Santa Catarina, os investigados também são responsáveis por diversas vítimas em outros Estados.
Segundo a investigação conjunta, os acusados entravam em contato com as vítimas, residentes em Santa Catarina, e se passavam por advogados de grandes escritórios e também magistrados catarinenses. Eles informavam que as vítimas tinham valores de precatórios a receber, mas condicionavam tal liberação a antecipação de valores a título de taxas e emolumentos. Após o pagamento, os golpistas terminavam o contato e as vítimas perdiam o valor antecipado.
O coordenador do NIS, desembargador Sidney Eloy Dalabrida, alertou que os documentos utilizados no golpe contêm o símbolo do Poder Judiciário catarinense e informações de processos reais. Isso aconteceu porque, na maioria das vezes, os julgamentos são acessíveis ao público em geral em razão da publicidade dos atos.
“É importante informar novamente aos credores que é impossível antecipar um precatório por meio de pagamento. A Assessoria de Precatórios do TJSC não faz ligação nem envia e-mail para os credores. Além disso, qualquer proposta de antecipação do título mediante pagamento prévio deve ser rejeitada. Os credores vítimas do golpe devem registrar boletim de ocorrência”, explicou o coordenador do NIS.