Infraestrutura e a carga tributária são os principais desafios para o próximo governo em Santa Catarina.
É o que aponta o estudo realizado pela Fecomércio e entregue hoje, durante encontro em Florianópolis, para os três candidatos ao governo mais cotados nas pesquisas eleitorais: Décio Lima, do PT, Mauro Mariani do MDB e Gelson Merisio, do PSD.
Denominado como Carta do Comércio, o documento retrata em, diagnóstico, oito indicadores que são considerados entraves no desempenho da economia catarinense: comércio exterior, concorrência, legislação trabalhista, captação de recursos, condições de inovação, ambiente econômico, sistema legal e tributário e infraestrutura.
Na carta, ainda, os dirigentes apontaram também a Segurança Pública como um dos principais bloqueios para o crescimento, uma vez que o crescente poder dos criminosos e das facções gera transtornos de ordem direta e indireta para o comércio.
ENXUGAMENTO DA MÁQUINA
Na abertura do encontro com os candidatos, o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, observou que a realidade, o momento, impõem a todos que pleiteiam a chefia do executivo, uma gestão enxuta e eficiente, apostando nas forças produtivas e na capacidade empreendedora da gente catarinense. ,
SEM AUMENTO DE IMPOSTOS
Gelson Merisio, do PSD, disse que o próximo governador deverá ter criatividade e estratégia para reduzir custos e incentivar o ambiente empreendedor, destacando, ainda, o compromisso de não elevar a carga tributária.
No setor da segurança pública, Merísio garantiu ações enérgicas para asfixiar o crime organizado, fechar nossas fronteiras e divisas com barreiras policiais ostensivas.
Mauro Mariani, do MDB, sustentou que a atual carga tributária chegou ao limite e não há mais espaço técnico para subir impostos. Se possível, disse ele, tem que tentar diminuir a carga tributária para ativar a economia, onde já existe uma demanda reprimida de crescimento.
Na área da infraestrutura, Mariani criticou a falta de zeladoria do governo do Estado com o setor, como falta de manutenção das rodovias e, anunciou, se eleito, criar o Fundo Estadual de Infraestrutura, com um orçamento anual de R$ 100 milhões para realizar esses tipos de trabalho.
O candidato do PT, Décio Lima defendeu mudanças radicais nas chamadas generosidades fiscais, pautando que os benefícios e isenções devem ser concedidos desde que dirigidos às empresas que vão gerar emprego e renda”.
Sobre a carga tributária, Décio Lima disse que numa gestão do PT “não haverá aumento de impostos e, mais que isso, precisamos de processos que possam reduzir os tributos para atrair investimentos.