ELEIÇÕES 2024 EM SANTA CATARINA: “NOTÍCIAS FALSAS SERÃO PUNIDAS SEVERAMENTE”

Desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, presidente e o desembargador Carlos Alberto Civinski, vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.

Lembrando e alertando que, apesar do avanço de tecnologias, como a Inteligência Artificial, poderá dificultar o combate à desinformação, a desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, durante entrevista coletiva à imprensa hoje em Florianópolis, garantiu que a Justiça Eleitoral vem se preparando para isso.”Se o objeto da desinformação for a integridade do sistema de votação ou a própria Justiça Eleitoral, estamos muito bem estruturados para combatê-la, com mapeamento e coibição severa à propagação de notícias falsas”, disse a presidente.

A desembargadora destacou ainda compromissos assumidos em março, data que comemorava o Dia Internacional da Mulher, sobre a proposta de motivar as mulheres a exercerem a prática política e ocuparem mais espaços de poder. “Esta eleição é uma oportunidade ímpar de espelhar no mundo da política a evolução da mulher na sociedade”, disse.

O baixo número de mulheres eleitas nas últimas eleições municipais foi destacado pela presidente. Em 2020, Santa Catarina elegeu 10,5% do total de vagas disponíveis para as prefeituras. Nas câmaras municipais foram 525 vereadoras, o que representa 18,6% de todas as cadeiras.

CAPACITAÇÃO DA JUSTIÇA

Ao conversar também com os jornalistas, o desembargador Carlos Alberto Civinski, vice-presidente e corregedor do Tribunal, destacou as atividades de capacitação dos juízes eleitorais de primeira instância e observou que, no âmbito de atuação da Corregedoria do TRE-SC, o foco do trabalho é assegurar que os prazos sejam cumpridos e que as demandas apresentadas à Justiça Eleitoral catarinense sejam rapidamente solucionadas. “A expectativa é termos uma disputa na área judicial bastante acirrada, como é de costume em eleições municipais”, avaliou o magistrado.

O diretor-geral do TRE-SC, Gonsalo Agostini Ribeiro, apresentou os principais dados de evolução do eleitorado catarinense e reafirmou o compromisso da Justiça Eleitoral com sua missão institucional “que, de forma objetiva, é receber os votos e devolver o resultado à sociedade”.

A secretária da corregedoria, Renata Beatriz de Fávere, ressaltou questões de serviço aos eleitores, como a inexistência do voto em trânsito em eleições municipais, mas a possibilidade de transferência temporária de local de votação dentro do mesmo município para alguns casos específicos.
A importância do e-Título também foi ressaltada pela secretária, ao lembrar que o uso do aplicativo como principal ferramenta de consulta pelo eleitor desafoga os canais de contato da Justiça Eleitoral para atendimento de excluídos digitais.

O secretário judiciário, Maximiniano Sobral, fez ainda uma demonstração de funcionamento da plataforma DivulgaCandContas, que agrega informações sobre os registros de candidaturas e as contas eleitorais, tanto para as eleições deste ano quanto de pleitos anteriores.

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