DEPUTADOS APROVAM PEC QUE VAI FACILITAR A LIBERAÇÃO DE RECURSOS DO GOVERNO PARA OS MUNICÍPIOS DE SC

A partir de agora,as transferências de recursos do governo do Estado para os municípios serão considerdfas especiais e vão dispensar a celebração de convênios enjtre os poderes e, como consequências, diminuindo a burocracia.

Essa decisão foi votada e aprovada ontem por maiopria de votos dos deputados na Assembleia Legislativa. Ela está embutida em umna Proposta de Emenda à Constituição Estadual encaminhada ao Legislativo pelo governador Carlos Moisés. A matéria foi aprovada por 31 votos a 3, em dois turnos de votação, e será promulgada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal (MDB).A PEC altera dois artigos da Constituição Estadual (123 e 136).

.O deputado Bruno Souza (Novo) criticou a celeridade com a qual a PEC foi analisada na Alesc (a tramitação teve início no começo de junho). Ele citou que vários órgãos, como conselhos de classe, Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público do Tribunal de Contas (MPTC), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Polícia Federal, Antaq, entre outros, demonstraram preocupação com a emenda.
Na avaliação desses órgãos, segundo o deputado, haverá fragilização no controle do gasto público com a aprovação da emenda. Citando nota pública da Rede de Controle da Gestão Pública de Santa Catarina, Bruno afirmou que a PEC “pode representar um retrocesso na fiscalização do uso dos recursos.”

“Estamos mudando a Constituição sem ter uma audiência pública”, criticou Bruno, que havia proposto diligências a esses órgãos, na Comissão de Finanças, o que foi rejeitado. “Temos que desburocratizar, mas do jeito correto.”
A manifestação de Bruno Souza foi rebatida por Milton Hobus (PSD) e Marcos Vieira (PSDB). Hobus afirmou que Santa Catarina, ao aprovar a PEC, “está dando um belo exemplo para essa tecnocracia, essa burocracia estúpida”. O parlamentar disse que os órgãos de controle continuarão a fiscalizar o uso dos recursos, já que os municípios terão que prestar contas do uso do dinheiro.

Já Marcos Vieira disse que a PEC representa “simplificação, tranquilidade e rapidez” para a aplicação dos recursos pelos municípios. Ele citou que a demora para a concretização de um repasse via convênio chega a demorar anos, o que faz com que muitos prefeitos desistam de receber os recursos que, quando chegam, são insuficientes para custear o projeto ou obra.

Vieira criticou Bruno Souza e afirmou que o parlamentar do Novo não apresentou nenhum documento com as manifestações contrárias dos órgãos citados. Ele também criticou postagem de Bruno, no qual o deputado escreveu que a aprovação da PEC “pode fragilizar o combate à corrupção”. “Está dizendo que nós deputados somos coniventes com a corrupção”, disse Marcos Vieira.

Bruno recebeu apoio dos deputados Jessé Lopes (PSL) e Sargento Lima (PL), que também votaram contra a PEC. “Não vou fazer parte disso, de um negócio que não tem nem diligência”, comentou Jessé. “Não foi chamado ninguém de corrupto”, disse Sargento Lima.

Mauricio Eskudlark (PL) e Volnei Weber (MDB) defenderam aprovação da proposta. “Ninguém está impedindo ninguém de fiscalizar”, disse Eskudlark. Volnei, que foi prefeito de São Ludgero por dois mandatos, lembrou que por vezes a burocracia impede o acesso a recursos. “Esse recurso é um direito do cidadão catarinense. É nos municípios que existem os maiores problemas e através do gestor público municipal é que se resolve a maior parte deles.”

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário
Por favor, informe seu nome