Levantamento oficial sobre os casos confirmados de coronavírus entre as capitais brasileiras, Florianópolis possui o menor registro de mortalidade: são 5 óbitos dentre 414 casos confirmados, representando 1,2% em relação às demais capitais. Aqui na Região Sul, Curitiba tem uma letalidade de 3,91% e Porto Alegre 3,13%.
Em Santa Catarina, a taxa sobe para 2,2% e no Brasil, a letalidade chega a 7% do total de casos confirmados.
Para o prefeito Gean Loureiro, a baixa letalidade em relação ao resto do país pode ter relação com vários fatores, mas dois se destacam: maior número de testes e vagas em leitos sobrando. “Os casos no Brasil e no mundo estão subnotificados. Então, quanto menos teste você faz, maior a sua taxa de óbitos. Se Florianópolis seguisse os procedimentos de outras cidades, de apenas testar suspeitos que estão hospitalizados, provavelmente teria a metade dos casos confirmados e o dobro de letalidade”, explicou o prefeito.
A explicação do prefeito leva em conta um cálculo matemático. Se a cidade tivesse testado menos e identificado, por exemplo, metade dos 414 casos atuais, seriam 207 confirmados com COVID-19 e 5 mortes. Neste caso, a Capital teria uma letalidade de 2,4%, e não os 1,2% atuais. “Esse é um dos fatores, e talvez o principal. Mas há diversos outros. Falta de leitos, por exemplo, com impossibilidade de atender doentes, inevitavelmente eleva a letalidade da doença. A baixa da nossa letalidade significa também que estamos com uma taxa menor de subnotificação em relação a outras cidades”, disse o prefeito.
A cidade de Florianópolis é a primeira a fazer o controle por testes no Aeroporto e também a testar casos suspeitos e contatos de suspeitos na modalidade drive-thru. O alto número de testes tem permitido mais agilidade no isolamento de contaminados e na investigação de casos suspeitos.