Para evitar desencontros com falta de atendimentos regulados para casos de suspeita ou de confirmação por dengue, a secretaria Municipal de São José pede à população que somente procurem assistência médica nas Unidades Básicas de Saúde, onde receberão assistência e, se houver necessidade, a pessoa será encaminhada para atendimento padrão na Vigilância Epidemiológica. A UPA, Unidade de Pronto Atendimento, nesse caso, atende somente e prioritariamente casos de urgência e de clínica geral.
É que grande parte da população está se dirigindo diretamente para UPA, sem ter a confirmação do diagnóstico de dengue, provocando um aumento real de 2.160% nos atendimentos. Com isso, a unidade acaba atrasando a abordagem dos casos de classificação de risco. Em janeiro deste ano, a UPA teve 160 atendimentos destinados ao público com suspeita de dengue. Desse período até o dia 28 de março, houve um salto de 3.456 atendimentos.
Vale destacar que o serviço de saúde mantém as portas abertas para todos os cidadãos, mas a colaboração de seguir o protocolo ajuda na organização da epidemia de dengue. Caso a pessoa de fato esteja infectada pelo mosquito Aedes Aegypti e necessite de um pronto atendimento, a própria UBS mediará o encaminhamento.
CASOS DE DENGUE
Até quinta-feira, a Vigilância Epidemiológica identificou 816 casos confirmados de dengue. Os mutirões dos agentes de endemias seguem atendendo as comunidades em situação crítica, orientando os moradores, aplicando os testes de coleta do sangue e aplicando inseticida na região.
Além dos cuidados com o imóvel, os infectologistas orientam a população a fazer uso do repelente. O repelente deve ser utilizado nas partes expostas do corpo. “É preciso escolher repelentes que sejam aprovados pela Anvisa, de preferência que tenham a substância Icaridina como composto, pois ela permite que possa usar o produto com mais intervalo de tempo, a exemplo de repelentes em que podem ser aplicados a cada 12 horas, facilitando o dia a dia. Vale lembrar que deve ser seguido à risca as informações do produto, para saber o tempo adequado e a quantidade indicada”, orienta a infectologista do Município Ligia Castellon Figueiredo Gryninger.
A infectologista também esclarece que no caso das crianças abaixo dos 2 anos, os responsáveis devem conversar com o pediatra sobre o uso do repelente. Já no caso das gestantes, estão liberadas a usarem o repelente.