Em média, por ano no Brasil, 3 mil pessoas morrem acometidas pela meningite meningocócica e aqui em Santa Catarina, sete ocorrências por falecimento são registradas também no mesmo período. Neste ano, já são 39 casos confirmados da doença.
Dentro desse quadro e para servir de alerta aos profissionais que atuam no setor da saúde, a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, reuniu ontem em Florianópolis,representantes da Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive) da Secretaria Estadual da Saúde e de uma das empresas que fornecem a vacina contra a meningite meningocócica ao Brasil.
A diretora técnica da empresa que distribui as vacinas, Sheyla Homsoni, disse que a meningite meningocócica tem uma característica que amplia seu perigo. “Geralmente, o adolescente e o adulto jovem ficam com a bactéria alojada na parte de trás do nariz, a nasofaringe. O problema é que eles podem passar até um ano com ela alojada sem causar nenhum problema. Mas, ao falar, tossir, espirrar, acabam transmitindo a doença”.
A diretora da Dive em Santa Catarina, Maria Tereza Agostini, comentou que a situação atual é preocupante. Segundo ela, há a questão de um movimento anti-vacina e até da baixa cobertura vacinal que favorecem o crescimento da doença.
O deputado Vicente Caropreso (PSDB), que é médico e vice-presidente da Comissão de Saúde reforçou a importância do debate na Alesc. “Estamos falando de uma doença que exige troca de informações e ações rápidas para, acima de tudo, dar a proteção para uma parte da população que está sujeita a transmitir a bactéria. E são justamente essas pessoas que precisamos imunizar”, citou. Na avaliação dele, todas as providencias devem ser tomadas imediatamente.