CRÍTICAS AO GOVERNADOR MOISÉS E VIOLÊNCIA CONTRA MULHER MARCARAM A SESSÃO DE HOJE NA ALESC

No retorno do deputado Júlio Garcia à presidência da Assembléia Legislativa depois de se recuperar de um acidente de carro, a sessão de hoje, foi marcada por dois assuntos considerados relevantes: a violência contra a mulher onde as deputadas Marlene Flenger do PSD e Lucinane Carminatti do PT registraram a passagem, na segunda-feira, do Dia Internacional de Luta pelo fim da Violência contra a Mulher.

Também foram registradas críticas ao Executivo em vários pontos, como a questão dos royalties do petróleo. É que, recentemente, o governador Carlos Moisés prestou apoio oficial ao governo do Rio que conseguiu no STF adiar, sem data definida, o direito de estados e municípios receberem recursos das empresas que exploram o petróleo no Brasil. Com o adiamento pelo STF dessa questão, os municípios de Santa Catarina deixaram de receber R$ 513 milhões ainda neste ano.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ASSUSTA

Sobre os números e registros de atos violentos contra as mulheres, a deputada Marlene Fleger, emocionada, comentou sobre o assassinato de Cristiane Arenhardt, 32 anos, ocorrido em Itapiranga, no Extremo Oeste, na segunda-feira. A parlamentar conhecia a vítima e lamentou que, apesar de Cristiane ter tomado as medidas recomendadas, tenha sido morta a facadas pelo marido porque queria se separar dele.
“Infelizmente, está longe de ser um caso só”, disse. “Mesmo com medidas protetivas, muitas mulheres não conseguem escapar dessa violência.”

Em outro pronunciamento, Luciane Carminatti comentou sobre os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que teve início na segunda-feira e prossegue até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A deputada também apresentou um balanço de suas ações parlamentares em prol da causa. Comentou sobre projeto de sua autoria, transformado em lei, que permite o desembarque de mulheres em locais seguros, fora dos pontos de ônibus, após as 22 horas, além da proposta, em tramitação na Alesc, que inclui o ensino da Lei Maria da Penha nas escolas do estado.

A deputada reconheceu que muitas pessoas e instituições estão trabalhando para mudar esse cenário, mas apontou que as mulheres precisam ter garantias que, ao denunciar, terão sua vida garantida.
“O que está acontecendo com a humanidade? Essa banalização da violência, o desrespeito, o extremismo nas redes sociais”, questionou. “O que precisamos discutir nas escolas, nas nossas casas? Que lições temos que ensinar para nossos filhos? Precisamos de uma sociedade com mais empatia e tolerância.”

Ricardo Alba (PSL), Moacir Sopelsa (MDB), Ada de Luca (MDB), Luciane Carminatti (PT), Kennedy Nunes (PSD) e Nazareno Martins (PSB) parabenizaram Marlene pelo pronunciamento. “Essa nossa luta é velha”, disse Ada. “Estou chegando à conclusão que temos que educar os pais. São anos de luta e os feminicídios só crescem”, desabafou.

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