Na medida em que avançam as investigações pela CPI dos Respiradores na Assembléia Legislativa, dentro do processo que autorizou a compra de 200 respiradores ao custo de R$ 33 milhões, documentos revelam que o governo do Estado deixou de economizar recursos na compra desses equipamentos.
Por exemplo: na audiência de hoje da CPI, o relator da comissão, deputado Ivan Naatz, do PL, questionou porque o governador Carlos Moisés não comprou equipamentos mais baratos e com entrega garantida, já que tinha proposta neste sentido .
Segundo ele, o governo tinha uma proposta mais barata apresentada pela empresa catarinense Intelbrás. Foram oferecidos 100 respiradores por R$ 7 milhões. R$ 70 mil por aparelho. E com todas as garantias para a entrega, com protocolo assinado pelo próprio governador e pelo ex-secretário da Saúde, Helton Zeferino, no dia 24 de março . Naatz acrescentou que chegou, inclusive, a ser autorizada e empenhada a compra via Intelbrás, com pagamento na entrega dos aparelhos .
Mas , na sequencia, no dia 2 de abril, a operação foi abortada e decidido pelo pagamento antecipado de R$ 33 milhões adiantados para a empresa Veigamed, do Rio de Janeiro, por 200 respiradores suspeitos de serem inadequados e que até o momento ainda não foram entregues.
O deputado Ivan Naatz observa ainda que a diferença de preço dos respiradores da Intelbrás para os da Veigamed é de R$ 100 mil. O prejuízo com essa compra chega a R$ 20 milhões.
“ A questão principal que se coloca agora é porque o governador Moisés preferiu pagar mais caro e adiantado , fora do procedimento administrativo correto? A CPI ganha outro patamar com estes documentos e vamos buscar esta resposta e os culpados pelos prejuízos causados aos cofres públicos em respeito ao contribuinte catarinense”, afirmou o relator.