CPI DA PONTE HERCÍLIO LUZ: DEPUTADOS REJEITAM RELATÓRIO

Por 5 votos contra e quatro a favor, os deputados membros da CPI da Ponte Hercílio Luz rejeitaram hoje o relatório do deputado Bruno Souza que enquadrava como indiciados no processo das obras de restauração agentes públicos, como o ex-governador Raimundo Colombo, o ex-presidentes do Deinfra, Paulo Meller, o ex-secretário Estadual de Infraestrutura Romualdo França, empresários que participaram dos contratos de reforma e outras 10 pessoas.

Na votação,  parlamentares que foram contra o relatório, argumentaram que o relator Bruno Souza não cumpriu normas do Regimento Interno da Assembléia Legislativa, como a prerrogativa de indiciar pessoas.

O presidente da CPI, deputado Marcos Vieira (PSDB) designou o deputado Fernando Krelling (MDB) como novo relator, que deverá apresentar novo parecer na tarde de amanhã durante nova reunião da CPI.

O novo relator já adiantou que seu relatório vai substituir apenas a palavra “indiciamento”, usada por Bruno Souza no parecer rejeitado, para evitar futuras nulidades do trabalho realizado pela CPI. “Indiciamento é culpa, é acusação, todos que estão ali são suspeitos, então temos essa preocupação para evitar qualquer questionamento futuro. Concordo 99% com o relatório do deputado Bruno Souza.”

Na reunião, o deputado Ismael dos Santos leu seu voto divergente por mais de 20 minutos, sugerindo que a CPI não deveria emitir juízo, acusando pessoas físicas e empresas.

O presidente da CPI, deputado Marcos Vieira (PSDB), fez questão de ressaltar que todos os ouvidos nos 240 dias da CPI foram convidados e que o relatório do deputado Bruno Souza pediu o indiciamento de 20 pessoas físicas, entre engenheiros, proprietários de empresas que trabalharam na ponte, servidores públicos, ex-presidentes dos antigos DER e Deinfra, diretores do Badesc, além do ex-governador Raimundo Colombo (PSD). “O nosso regimento interno é omisso na questão de indiciamento.”

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