CONTORNO VIÁRIO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS: ATRASOS VÃO GERAR CONFLITOS

“Estão crescendo na região da Grande Florianópolis movimentos que planejam a adoção de medidas drásticas, caso as autoridades federais não adotem soluções para acelerar os trabalhos de implantação do Contorno Viário da Área Metropolitana da Capital”.

O desabafo é do prefeito de Palhoça, Camilo Martins perante o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, ANTT, Mário Rodrigues e representantes da Arteris Litoral Sul durante reunião do Forum Parlamentar Catarinense, com a presença de prefeitos, autoridades municipais e empresários, que ocorreu esta semana em Florianópolis, na sede da Federação Catarinense dos Municípios.

A reunião foi marcada para cobrar uma posição das autoridades federais sobre as obras do Contorno Viário, cuja conclusão, marcada para 2012, foi adiada mais uma vez, para 2022.

ATRASOS: UMA VERGONHA

Para o prefeito Camilo Martins, esse atraso está provocando danos irreversíveis às cidades da região, principalmente Palhoça, São José, Florianópolis, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz, não apenas pelos transtornos causados no sistema viário, mas também porque retarda o desenvolvimento e, foi além, acrescentando que “o sentimento de revolta da população tem fundamento. Empresários deixam de produzir ou têm dificuldade para escoar a produção das empresas, as pessoas perdem compromissos, chegam atrasadas ao trabalho.

Uma viagem entre Palhoça e Florianópolis, numa distância de pouco mais de dez quilômetros, está consumindo mais de uma hora e meia. Essa imobilidade furta o bem mais precioso das pessoas, que é o tempo”, declarou o prefeito.

Para amenizar o que qualificou como “situação insustentável de mobilidade”, Camilo Martins focou num “plano B” e voltou a reivindicar obras federais entre Palhoça e municípios vizinhos, como uma terceira pista na BR-101, até São José, e uma faixa exclusiva de ônibus na marginal, no sentido Palhoça-Florianópolis e vice versa e também entre Biguaçu-Florianópolis e vice versa, além de uma terceira pista na Via Expressa, entre a BR-101 e as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo.

“São medidas necessárias, para minimizar os danos sociais causados pela demora nas obras do Contorno Viário. Soluções práticas, como foi a do Morro dos Cavalos”, enfatizou Camilo Martins.

O prefeito  Camilo Martins considera a demora da concessionária Autopista Litoral Sul e a omissão da ANTT falhas muito graves, porque a concessão foi o instrumento utilizado para dar agilidade às obras do Contorno Viário. Há um contrato assinado entre as partes. “Se isso estivesse acontecendo em outro país, os administradores públicos e as empresas envolvidas, seja por falta de ação ou omissão, já teriam sido multados e até sendo penalizados na justiça”.

REGIÃO: PIOR EM MOBILIDADE

O prefeito de Palhoça, lembrou ainda que, o aplicativo Waze, classificou a Grande Florianópolis como a região com a pior mobilidade do país e disse que o atraso das obras do Contorno Viário “é algo inaceitável, que vem provocando a revolta da classe política, de empresários e da população em geral”.

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