As obras do contorno viário da Grande Florianópolis continuam na “mesmice de sempre”: sem prazos para conclusão dos 51 quilômetros do trecho que começa em Governador Celso Ramos passando por Biguaçu, São José e Palhoça.
A radiografia desse “calvário” foi revelada hoje durante audiência pública realizada pelas comissões de Transportes e Desenvolvimento Urbano em parceria com a Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia, com a presença de parlamentares, prefeitos, vereadores, representantes da concessionária Auto Pista Litoral e lideranças da região.
Sem prazo para conclusão das obras do contorno viário da Grande Florianópolis, a Autopista Litoral Sul “promete, de novo” liberar parte do trecho em dezembro de 2021 para o trânsito, afirmou o diretor de operações Sul da Arteris, Cesar Sass. “Os projetos já aprovados e em andamento serão concluídos em 2021, mas sem os projetos aprovados, para aqueles que faltam, não tenho como dar prazos.”
Conforme Cesar Sass, dos 51,4 quilômetros de extensão do anel viário, 70%, ou seja, 35 quilômetros, estão em obras.
“ALEGORIAS” NOS PRAZOS
O diretor aproveitou a audiência para apresentar um relato histórico da obra, lembrando várias vezes que foram feitas várias alterações nos traçados da rodovia, além da inclusão de túneis. A obra toda terá 51,4 quilômetros e cortando os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça. Conforme Cesar Sass, dos 51,4 quilômetros de extensão do anel viário, 70%, ou seja, 35 quilômetros, estão em obras.
O senador Esperidião Amin, presente à audiência, anunciou que amanhã, às 18h, haverá uma nova audiência no Ministério da Infraestrutura, com a presença do Fórum Parlamentar Catarinense, para discutir o contorno viário e cobrar a elaboração de um cronograma das obras. “Sem esse cronograma, não tem como fiscalizarmos e cobrarmos a execução delas.” Esperidião também lamentou a ausência dos representantes da ANTT e disse que espera uma decisão concreta do governo federal em relação à obra.
O deputado federal Hélio Costa, membro da Comissão de Viação e Transportes da Câmara, salientou que é necessário à região deixar de ficar esperando definições da empresa concessionária e começar a conclusão das obras.
O deputado João Amin, presidente da Comissão de Transportes, após fazer um relato histórico dos prazos e atrasos das obras, também criticou a ausência de representantes da ANTT e cobrou a divulgação urgente do cronograma da execução delas. “Há mais de dez anos estamos discutindo o contorno viário e a obra realizada até aqui está aquém do que a região necessita.”