Com a oficialização de mais de 14 mil focos da dengue identificados em 194 cidades catarinenses, representantes de diversos setores do governo do Estado estiveram reunidos hoje para analisar ações de saúde que vêm sendo desenvolvidas contra a doença.De acordo ainda com o informe divulgado hoje pelo Comitê Intersetorial para Ações de Vigilância e Controle do Aedes aegypti, Santa Catarina já tem 959 casos confirmados de dengue, a maioria (669) na Grande Florianópolis, onde a cidade de Palhoça é a que mais registra casos: 547.
O comitê é o ponto central de discussão e acompanhamento das ações. “Além de apresentação do cenário da doença no estado para todos, o grupo serve para planejar e gerenciar essas ações intersetoriais”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive.
“Essas reuniões unem diversos setores, como educação, indústria e saúde, e ajudam a nortear o trabalho de prevenção à dengue. Nosso objetivo é evitar que o cenário de 2022 se repita novamente esse ano. Por isso, é necessária a intensificação das ações de vigilância em todo o estado, mas com destaque significativo para a região da Grande Florianópolis, que concentra quase 70% dos casos de Santa Catarina”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica (Dive).
CAPACITAÇÕES
No mês passado, foi realizada uma capacitação para manejo clínico da dengue, sendo que outra está prevista para ocorrer ainda neste mês. “É uma doença grave e pode evoluir rapidamente. Assim, os profissionais devem suspeitar da doença, orientando corretamente o paciente sobre hidratação, assim como realizar o acompanhamento adequado de cada caso, conforme a classificação de risco”, destaca o diretor da Dive.
Também neste mês, a Gerência de Zoonoses da Dive vai realizar qualificação sobre a utilização e aplicação de inseticidas para os profissionais que atuam nos programas de vigilância e controle do Aedes aegypti. A capacitação envolverá 11 Regionais de Saúde e até o momento já são 140 participantes inscritos.
ÍNDICES DE INFESTAÇÃO
Ainda em março, os municípios infestados pelo mosquito estão levantando os dados para o primeiro relatório do Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2023.
O LIRAa permite a identificação de áreas com maior proporção e ocorrência de focos do mosquito, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, zika e chikungunya. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).
DESCARTE DE PNEUS
Por outro lado, como o descarte irregular de pneus tem sido um dos agentes causadores da dengue, os municípios catarinenses que tiverem interesse em aderir à Campanha de recolhimento de pneus de 2023 podem se inscrever até o dia 17 de março, nesse link: https://forms.gle/1n5RfRpbWuPNb69E9. Lembrando que é necessário também preencher o Termo de Responsabilidade.
A campanha de recolhimento de pneus é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), por meio do Programa Penso, Logo Destino, e a Reciclanip, entidade gestora do sistema de Logística Reversa de Pneus Inservíveis em todo o Brasil.
ÓRGÃOS DO COMITÊ
– Secretaria de Estado da Educação
– Casa Civil
– Fiesc
– Vigilância Sanitária SC
– Vigilância Epidemiológica SC
– Gerência Regional de Florianópolis
– Vigilância Epidemiológica de Palhoça
– Vigilância Ambiental de Palhoça
– Vigilância Ambiental de Florianópolis
– Polícia Militar
– Cosems
– Fesporte
– Casan
– UFSC
– Ministério Público de SC
– Ministério da Saúde