Para um balanço concreto dos prejuízos causados pelas chuvas e enchentes em diversas regiões e, como consequência, prestar auxílio e socorro às famílias desabrigadas, bem como, liberar recursos necessários para recuperação da infraestrutura das cidades e do Estado como, sistemas viário, saneamento, saúde e educação, o governador Carlos Moisés sobrevoou áreas atingidas e manteve encontros com prefeitos, autoridades e representantes de diversos segmentos das comunidades.
Paralelamente, equipes técnicas do governo, continuam com apoio e auxílio aos municípios impactados pelas chuvas fortes e, até o momento, 119 cidades relataram ocorrências que vão desde alagamentos, deslizamentos, queda de árvores e muros. Há a confirmação de três óbitos, dois em São Joaquim e um em Urubici, além de 44 mil pessoas afetadas, entre 7.100 desalojados e 518 desabrigados.
Entre os municípios afetados, 11 decretaram situação de emergência: Tubarão, Orleans, Forquilhinha, Urubici, Maracajá, Araranguá, São Joaquim, Lages, Laurentino, Anitápolis e Taió. A Defesa Civil do Estado já deu início à distribuição de itens de assistência humanitária, entre cestas básicas, água potável, colchões, kits de higiene pessoal e limpeza.
ROTEIROS
No primeiro compromisso de hoje, Carlos Moisés em Rio do Sul e Tubarão. No Alto Vale do Itajaí, ele reforçou o compromisso do Estado de investir permanentemente na prevenção de enchentes. Na parte da tarde, no Sul do estado, também sobrevoou as regiões mais castigadas. As duas regiões foram mais atingidas por conta do alto volume pluviométrico registrado em Santa Catarina desde segunda-feira.
O governador reforçou o auxílio à população atingida, além da união de esforços com os municípios para superar o momento. “É um momento delicado, mas temos a convicção de que tudo será restabelecido com a ajuda de todos. Estamos apoiando todos os atingidos, desde o início deste evento climático, com todas as suas instituições”, disse o governador.
O tráfego de veículos na Serra do Rio do Rastro (SC-390) está liberado. A rodovia estava bloqueada por questões de segurança desde a tarde desta quarta-feira, 4. Equipes da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade e da Polícia Militar Rodoviária monitoram a situação, ocasionada pelo alto volume de chuvas dos últimos dias.
AULAS SUSPENSAS
A Secretaria da Educação levantou que 152 escolas estaduais estão com as aulas suspensas. O principal motivo da suspensão é devido à locomoção dos estudantes, que não conseguem chegar às unidades por causa das chuvas. O retorno das aulas está previsto até o fim da semana, a depender da situação de cada região.
As suspensões atingem escolas das coordenadorias regionais de Educação de Araranguá, Criciúma, Florianópolis, Ibirama, Laguna, Rio do Sul, Taió e Tubarão. A reposição das aulas está garantida para cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei.
Em Tubarão, o governador se reuniu com autoridades locais no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres da região da Amurel (Cigerd Regional). Poucos antes, ele sobrevoou os locais mais afetados ao lado do prefeito Joares Ponticelli, do vice-prefeito Caio Tokarski e do chefe da Defesa Civil estadual, David Busarello.
“O Estado está apoiando todos os atingidos desde o início desta crise, com todas as suas instituições. Viemos aqui para estender a mão do Governo para esta cidade tão importante para Santa Catarina. É um momento delicado, mas temos a convicção de que tudo será reestabelecido com a ajuda de todos. A prefeitura foi muito importante nesse processo. O momento é de união de forças”, disse o governador na reunião.
TRÉGUA DAS CHUVAS
Durante o dia de hoje, a chuva diminuiu no Sul do Estado. Houve, no entanto, um grande volume nos três dias anteriores. Durante a madrugada, o nível do Rio Tubarão ultrapassou os 7 metros acima do normal, o que provocou pontos de alagamento até mesmo nas áreas centrais. Os bairros mais baixos foram impactados já ao longo da quarta-feira, 4. Durante a manhã, as águas começaram a baixar, mas ainda há pontos de inundação.
O Corpo de Bombeiros Militar atendeu mais de 180 ocorrências relacionadas a alagamentos apenas em Tubarão. Há casos ainda de pequenos deslizamentos. A cidade não registra vítimas fatais.
“É impressionante o que nós vimos. Agora é fazer as contas e levantamento dos estragos. Pedir ao secretário de Defesa Civil para vencer o quanto antes a burocracia do nosso decreto para que se possa, por exemplo, agilizar a liberação do FGTS de quem teve prejuízos materiais. Deus foi muito generoso conosco, pois os danos materiais pela cidade são imensos, mas felizmente não tivemos a perda de vidas a exemplo do que ocorreu no vendaval de 2016”, afirma o prefeito Joares Ponticelli.
Na Região da Amurel, foram registradas ocorrências em 15 dos 18 municípios, segundo o Corpo de Bombeiros. Em todo o estado, a Defesa Civil de SC aponta até o momento 115 municípios com ocorrências relacionadas às chuvas. Há também três óbitos confirmados: dois no município de São Joaquim e um no município de Urubici.
RIO DO SUL
“Moisés sobrevoou a região ao lado do chefe da Defesa Civil, David Busarello, do deputado estadual Jerry Comper e do prefeito de Rio do Sul, José Eduardo Thome. Em reunião na sede do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd) de Rio do Sul, Estado e município avaliaram a situação e as próximas ações.
O prefeito relatou que 6,9 mil pessoas foram impactadas, das quais 413 desabrigadas.
Além de abrir a licitação para construção da barragem de Botuverá, obra orçada em R$ 110 milhões, o governo atua na manutenção permanente de outras estruturas de prevenção às cheias. Em José Boateux, por ser terra indígena, foi preciso buscar liberação do Governo Federal para atuar na reparação de danos. Na barragem de Ituporanga, os trabalhos de manutenção preventiva seguem em toda a estrutura.
“Vamos avançar em mais pequenas barragens para reduzir a recorrência e mitigar, no limite da ação humana, os eventos da Natureza”, completou Moisés