As edificações que marcaram e ainda registram a história da urbanização de Florianópolis, poderão ser recuperados e transformados em espaços atrativos, funcionais e sustentáveis. Essas condições estão previstas em projeto de lei complementar, aprovado hoje pela Câmara Municipal.
Com a aprovação do Retrofit – modalidade de Requalificação Imobiliária -, prédios considerados ociosos ou desocupados, poderão se enquadrar sob projetos de recuperação modernizada, desde sua estrutura predial, quanto às formas de acessibilidade.
O vereador João Cobalchini, presidente da Câmara Municipal sustenta que a aprovação da matéria traduz grande importância para a cidade, tendo em vista que seu desenvolvimento está bem estruturado. “Esse projeto é super importante, especialmente para o Centro-Leste, está maduro. Foram introduzidas várias melhorias no Projeto, e é necessário, porque nossa cidade acaba envelhecendo. Temos prédios, hoje, que estão abandonados, sem sua função social. O Retrofit é justamente para isso, para que se possa mudar o uso”, disse.
Para que a iniciativa se desenvolva de forma promissora, o investimento tecnológico e empenho profissional se aliam, gerando, assim, uma preservação inovadora dos estilos arquitetônicos dos prédios incluídos na revitalização, mantendo espaços históricos e conservando uma cultura que vai além da estética. Em média, serão mais de 80 prédios impactados pelo Retrofit, promovendo, na cidade, um novo uso dos prédios, em especial.
REVITALIZAÇÃO
A vereadora Manu afirma que Florianópolis merece esse ganho, pois prédios inutilizados comercialmente no centro da cidade, podem se transformar em áreas residenciais. “O Retrofit dá um incentivo para que os empreendedores abram o olhar para prédios que acabam se tornando mais difíceis de investir, mas que já estão lá, só que adaptados à vida contemporânea, com acessibilidade, plano preventivo de incêndio, dando a eles, às vezes, usos diferentes. Às vezes um prédio inteiro de comercial está lá, e poderia ser um uso residencial, afinal, estamos no centro, trazendo a moradia para perto do emprego. Queremos um centro vivo, um centro potente, e isso conseguimos com pessoas circulando”.
Para se adequar às diretrizes do Plano Diretor e do Código de Obras, o projeto do Retrofit está amparado por substitutivo global também aprovado. O vereador Gabriel Meurer destaca que esse instrumento foi necessário porque o projeto entrou em tramitação em 2018 e nos anos seguintes ocorreu a aprovação da revisão do Plano Diretor e do Código de Obras. Hoje, o Retrofit “está extremamente maduro para poder ser aplicado pela nossa cidade, trazendo vários benefícios, como a questão da Requalificação de prédios que, hoje, estão praticamente abandonados e ociosos, fazendo com que, com a sua aprovação, ele possa ser utilizado, fomentando a economia, a moradia popular, podendo fazer um uso misto entre moradia e comércio. Isso vai trazer vida à nossa cidade”, concluiu o vereador.