Para debater a posição do município de Palhoça sobre a participação ou não do Projeto de Integração do Transporte de Passageiros na Região da Grande Florianópolis, a Câmara de Vereadores de Palhoça realiza amanhá uma audiência pública.
O projeto encaminhado pelo governo do Estado á Prefeitura Municipal foi protocolado na Câmara Municipal em 31 de Junho mas, durante as discussões os vereadores aprovaram requerimentos pedindo que o governo apresentasse justificativas sobre o projeto de integração.
Com 28 perguntas, o documento questionou o governo sobre infraestrutura dos terminais, desenho dos trajetos, manutenção, licitações e principalmente tarifas.
Para o presidente da Câmara, Edemir Niehues (Neném do Bertilo), Palhoça é peça chave para que o sistema de integração dê certo, mas as afirmações do governo não deixam claro se o impacto para o cidadão palhocense que pega ônibus todos os dias será positivo ou negativo: “Temos dúvidas sobre a tarifa, por exemplo. Se vai beneficiar municípios mais distantes, que têm mais custos de deslocamento, quem pagará essa conta?”,
Também, o vereador Jean Henrique Dias Carneiro (Jean Negão) apresentou uma proposição para a criação de dois terminais de transbordo para atender moradores das regiões mais afastadas. O objetivo é diminuir o tempo dentro dos ônibus e evitar que todos tenham que deslocar-se até a Ponte do Imaruim. Sobre a proposta do governo, o vereador acredita que, apesar de parecer interessante, o sistema integrado “prejudica claramente o interesse interno da cidade de Palhoça”. Para ele, o novo desenho de transportes pode prejudicar o comércio e não deve diminuir o tempo do usuário no deslocamento: “O tempo até Florianópolis, que é o principal destino, será o mesmo. Porque criar o sistema de transporte integrado não vai modificar as vias de acesso à Florianópolis”.
