Mais do que se preocupar com a fantasia de Carnaval, os foliões precisam lembrar-se de cuidar da saúde neste período.A principal orientação é o uso da camisinha. A Prefeitura de Florianópolis, através da Secretaria de Saúde, vai disponibilizar para o Carnaval de rua de 2018, uma estrutura no centro da cidade para a distribuição de 10 mil preservativos.
Além disso, desde dezembro de 2017, a Secretaria disponibilizou para a população o aplicativo ‘Aqui tem Camisinha’. O app indica quais os locais disponíveis para a retirada de preservativos, para atendimento de Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PEP), para realizar testes rápidos de HIV e para iniciar tratamento de HIV na rede municipal de saúde.
O aplicativo está à disposição no Play Store e na Apple Store. Funciona nos sistemas Android e dispositivos IOS e tem o objetivo de orientar a população sobre os meios de prevenção e facilitar o acesso ao tratamento para quem tem HIV.
A Secretaria de Saúde orienta, ainda, que em casos de sexo desprotegido, em até 72 horas a pessoa pode buscar atendimento para a Profilaxia Pós-exposição ao HIV – PEP, que é um conjunto de medicamentos que evitam a contaminação pelo HIV em mais de 90% dos casos. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos medicamentos antiretrovirais. A orientação é que a pessoa deve procurar uma das duas UPAs 24 horas ou um dos 49 Centros de Saúde.
Além disso, desde meados de janeiro, Florianópolis é uma das cidades brasileiras que está oferecendo a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV – PrEP. Que consiste no uso de um medicamento diariamente pra prevenir o HIV. A PrEP é indicada para gays/homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas Trans e pessoas que tem uma parceria HIV positiva, e que por repetidas vezes não usem preservativos. A PrEP é disponibilizada após uma consulta médica que avalia a indicação.
CAMPANHA
A distribuição de camisinha, o acesso à medicação e aos exames é permanente no SUS de Florianópolis. No ano passado, foi implantada a campanha “Pare o HIV Floripa 2020”. A intenção é que, até lá, 90% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, que 90% das pessoas diagnosticadas estejam em tratamento antirretroviral, e que 90% das pessoas em tratamento que apresentam supressão viral.
Florianópolis é a segunda capital brasileira com maior ocorrência de novos casos de HIV e a terceira capital com a maior taxa mortalidade (12,6 a cada 100.000 hab), mais que o dobro da taxa nacional (6,0). São mais de 5.500 pessoas que sabem que estão vivendo com HIV na cidade, porém muitas outras ainda não sabem de seu diagnóstico.