“ALESC ITINERANTE” EM JOINVILLE: SAÚDE PÚBLICA SOB APROVAÇÃO E DEBATES

ALESC ITINERANTE: Plenário reunido hoje em Joinville.

A saúde pública em Santa Catarina, foi o tema principal dos debates e votações do programa “Alesc Itinerante” que reuniu hoje, em Joinville, a Assembleia Legislativa e representantes de entidades da região norte e nordeste do Estado.

No primeiro dia da sessão ordinária de hoje, no no Centro de Convenções Expoville, foi aprovado o projeto de lei de autoria do deputado Lucas Neves (Podemos) estabelecendo prazo de validade indeterminado dos laudos médicos prescritos para pessoas portadoras do diabetes tipo 1. O parlamentar, em sua justificativa, destacou que a doença é incurável e, por isso, não há necessidade de renovação dos atestados.

O deputado lembrou o caso de uma menina de 9 anos de Erval Velho, chamada Melissa, que a cada três meses precisa ir ao médico para renovar o laudo.Ele também citou que o projeto nasceu por iniciativa da Associação Doce Vida, de Lages, que representa diabéticos da região Serrana.

A proposta passará agora por votação de Redação Final antes de ser encaminhada para análise do governador.

Também na sessão ordinária de hoje em Joinville, representantes de dois hospitais da região, da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) de Canoinhas e da Associação Brasil AVC de Joinville se manifestaram a convite dos membros da Bancada Parlamentar Regional do Norte.

APOIO DE EMENDAS PARLAMENTARES

O coordenador-geral do Hospital São Vicente de Paulo de Mafra, Dário Clair Staczuk, pediu apoio do Parlamento para a ampliação da instituição, que atende anualmente 400 mil pessoas do Planalto Norte e de outras regiões. Segundo ele, o hospital já deu início à construção de uma nova torre que resultará em 12 novas salas de cirurgia, mais 20 leitos de UTI e outros 100 para internação.
“Já temos o convênio assinado com o governo estadual, de R$ 79 milhões, para as obras civis, mas precisamos de outros R$ 41 milhões para a compra de equipamentos”, disse Stacuzk. “Pedimos emendas parlamentares para esses recursos. Sabemos que sem o apoio dos senhores, não vamos conseguir chegar ao fim dessa jornada.”

Já Maurício Souto-Maior, do Hospital São José de Jaraguá do Sul, apresentou aos deputados o trabalho desenvolvido pela entidade, responsável por 82% dos atendimentos via SUS no município. O dirigente destacou o apoio que a Alesc vem dando os hospitais filantrópicos do estado, entre eles o São José, que resultou na criação de uma política de valorização dos hospitais.
“Precisamos que essa política seja uma política de Estado, permanente”, disse Souto-Maior, que solicitou ao Estado R$ 10 milhões para a abertura de mais 10 leitos de UTI no hospital.

CÂNCER: ATUAÇÃO VOLUNTÁRIA

Juliana Romani Vendruscolo, voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Canoinhas, apresentou o trabalho realizado pela entidade, que acolhe e atende quase cinco mil mulheres todos os anos, em oito municípios da região de Canoinhas. A entidade conta com 45 voluntárias, além de equipe multidisciplinar.

A rede trabalha na ampliação de seu espaço físico, o que deve resultar em um investimento de R$ 700 mil. “Fica nosso apelo aos deputados e aos prefeitos da região para que olhem com carinho para nossa entidade”, disse. “O que recebemos de recursos do poder público cobre 30% de nossas despesas. O restante vem de doações das voluntárias, da população e do empresariado, além de ações de arrecadação.”
Prevenção

A neurologista Carla Moro, presidente do Conselho Fiscal e Consultivo da Associação AVC Brasil, apresentou aos deputados o trabalho da entidade, focado principalmente na prevenção e na redução da mortalidade de casos de AVC. Segundo ela, programa desenvolvido pela associação (Joinvasc) resultou numa redução de 50% nas mortes e de 37% na incidência do AVC em Joinville.

Para isso, foi instituído um modelo integrado de atendimento de AVC na rede pública de saúde de Joinville. A associação também realiza um trabalho de orientação nas escolas municipais. A médica defendeu que essas iniciativas sejam ampliadas para todo o estado.
“Qualquer escola pode implantar esse projeto”, comentou Carla.

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