Fórum Estadual “Escola é lugar de ciência”, que congrega 16 entidades voltadas à educação, decidiu hoje, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa, organizar quatro seminários regionais para divulgar e promover a ciência na escola, do Ensino Fundamental ao Médio.
Os seminários, previstos para ainda este ano, devem acontecer em Criciúma, sob os cuidados da Unesc; em Rio do Sul, com o apoio da Unidavi; em Canoinhas, na UNC; e na Grande Florianópolis, ainda sem local previsto.
“A ideia é fazer seminários regionais para professores e alunos, com palestras e trocas de experiências, exposição de práticas das escolas e o fomento de debates locais”, explicou Wilsoney Gonçalves, assessor da Comissão de Educação, acrescentando que o modelo deve ser híbrido, com participações on line e presenciais.
Além dos seminários, os integrantes do Fórum discutem a formação continuada para os professores interessados em criar grupos de pesquisa nas escolas estaduais e municipais.
“Precisamos identificar pessoas e setores referências, dialogar com os profissionais nas escolas para conhecer as necessidades para a produção da ciência”, afirmou Wilsoney.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Essas pesquisas deverão gerar conhecimento científico orientado para contexto atual, com perspectiva da inclusão, abordando, por exemplo, a violência na escola e na comunidade, os problemas ambientais locais, a diversidade e a pluralidade cultural, a educação indígena e quilombola.
“Temos de trabalhar na perspectiva de resolver problemas e desafios das comunidades”, avaliou Marilane Maria Wolff Paim, diretora-geral do Instituto Federal Catarinense.
“Tem a questão metodológica, precisamos garantir que o recorte e o particular estejam articulados com o universal”, ponderou o professor Maurício José Siewerdt, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), acrescentando que o professor, o principal agente da ciência na escola, “tem de querer entrar nessa política pública”.
FINANCIAMENTO
A proposta do Fórum é lançar editais de pesquisa específicos para o programa “Escola é Lugar de Ciência”, para que os professores e as escolas interessadas possam dispor de recursos financeiros, materiais e humanos.
“Os editais serão orientados por professores pesquisadores, isso é uma maravilha, você coloca os educandos em outra situação”, declarou Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação da Alesc, que apontou para Secretaria de Estado da Educação (SED) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
IFSC: EXEMPLO
Flávia Maia Moreira, responsável pela área de pesquisa e pós-graduação do IFSC , lembrou que os institutos federais já fomentam a produção científica nas escolas de ensino médio.
“O Instituto tem algumas condições que nos permitem fomentar projetos de pesquisa dentro da comunidade: a gente tem carga horária; orçamento, que está diminuindo, mas temos; a gente consegue organizar cursos de formação continuada. Tem muita coisa que fazemos, temos as nossas licenciaturas que trabalham com as redes, com os municípios e a rede estadual, precisamos é fazer um compartilhamento”, admitiu Flávia.
ENTIDADES INTEGRANTES
Comissão de Educação da Alesc, Secretaria de Estado da Educação (SED), Conselho Estadual de Educação, UFSC, Udesc, IFSC, Sistema Acafe, Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), União dos Dirigentes Municipais de Educação de Santa Catarina (Umdime-SC), União Catarinense de Estudantes (UCE), Fapesc, entre outras.